Rui Damião em 2020-7-07

NEGÓCIOS

Trabalhar no escritório ou a partir de casa?

Com as medidas de isolamento social a serem levantadas, várias empresas começam a chamar os seus colaboradores de volta ao escritório, mas outras dão a oportunidade de se trabalhar a partir de casa mais alguns meses

Trabalhar no escritório ou a partir de casa?

Por esta altura, o pior da pandemia já terá passado. Apesar de existirem focos de contágio em alguns pontos do mundo, a Europa começa aos poucos a reabrir-se novamente ao mundo. 

Depois de meses em que a lei era o trabalho a partir de casa, aos poucos as empresas começam a chamar os colaboradores de volta ao escritório. 

Depois de se fazer uma experiência forçada, as organizações precisam de perceber qual é, afinal, a melhor opção: se trabalhar no escritório como antes, se trabalhar a partir de casa ou se fazer um modelo que misture as duas opções.

Ameaça da segunda vaga

Apesar de os casos diários de pessoas com o novo Coronavírus já não estarem nos níveis anteriores, aparecem todos os dias centenas de novos infetados. Isto mostra que a ameaça ainda não passou por completo. 

Para além disso, há uma outra ameaça ainda maior: uma segunda vaga que pode voltar a paralisar o país e a obrigar a um novo isolamento social forçado. 

Muitas empresas estão a optar por um modelo híbrido, em que parte dos colaboradores trabalham a partir do escritório e outros a partir de casa. 

Em empresas com um menor número de empregados, a opção passa por dividir a equipa em dois ou três grupos e fazê-los rodar numa espécie de turnos; quando um grupo está no escritório, o(s) outro(s) está (estão) em casa. 

No caso das organizações com um maior número de colaboradores, a opção passa por fazer rodar as pessoas dentro das equipas. Dependendo do tamanho e da importância crítica da equipa, uma ou duas pessoas trabalham no escritório quando os restantes colaboradores trabalham em casa.

Quando tudo passar

Vai existir um momento em que tudo irá passar e é preciso decidir o que fazer: voltar de vez ao escritório, para o ‘antigo normal’, continuar a trabalhar a partir de casa, o ‘novo normal’, ou uma opção híbrida, como a que foi mencionada anteriormente. 

A verdade é que não existe uma opção correta e outra errada. Qualquer opção é válida; depende da empresa, da sua atividade e dos seus colaboradores. 

É fácil chegar à conclusão que as atividades que têm quase obrigatoriamente que ser feitas no escritório, por uma ou outra razão, não podem ser feitas a partir de casa. 

O problema passa pelas atividades que podem ser feitas em casa e que não têm necessariamente de ser feitas no escritório. Apesar da crença antiga, o isolamento social mostrou que há vários trabalhos que podem ser feitos fora do escritório com a mesma produtividade (por vezes até maior) do que era feito dentro do espaço de trabalho habitual. 

Aqui, a melhor opção será perceber junto dos colaboradores o que é que se espera e o que prefere: se trabalhar a partir de casa ou não. Haverá sempre quem irá dizer que não consegue trabalhar a partir de casa e outros que preferem trabalhar fora do escritório. 

Depois de ouvir os colaboradores e perceber as necessidades da organização, é necessário chegar a uma conclusão que pode passar por reduzir o tamanho dos escritórios porque a maioria das pessoas prefere, por exemplo, trabalhar na sua própria casa. 

Ao mesmo tempo, o trabalho remoto permite captar talento que vive fora da área das instalações da empresa e que não pretende mudar-se; por exemplo, uma empresa de Lisboa pode contratar uma pessoa que vive em qualquer outra parte do país – ou mesmo fora – uma vez que não existe uma necessidade de ir ao escritório diariamente.

Cibersegurança

Se a opção tomada for o trabalho totalmente remoto ou um modelo misto, as organizações têm de pensar na parte da cibersegurança. No período de isolamento social, muitas empresas fizeram o mínimo ou um trabalho mais acelerado em termos de segurança cibernética para garantir que era possível a empresa continuar produtiva. 

Agora que o pior já terá passado para muitas organizações, as empresas têm de se preparar para o pós-COVID-19 também em termos de cibersegurança e começar desde já a analisar o que é necessário para colocar os colaboradores – e a empresa – seguros.

ARTIGOS RELACIONADOS

Investimentos em cibersegurança impulsionados por trabalho remoto
SEGURANÇA

Investimentos em cibersegurança impulsionados por trabalho remoto

LER MAIS

O que as PME devem fazer para implementar teletrabalho
NEGÓCIOS

O que as PME devem fazer para implementar teletrabalho

LER MAIS

COVID-19: O impacto nas empresas e no trabalho remoto
NEGÓCIOS

COVID-19: O impacto nas empresas e no trabalho remoto

LER MAIS

Recomendado pelos leitores

Oramix regista crescimento na área de serviços
NEGÓCIOS

Oramix regista crescimento na área de serviços

LER MAIS

Broadcom vende antiga divisão da VMware
NEGÓCIOS

Broadcom vende antiga divisão da VMware

LER MAIS

Samsung Portugal reforça equipa
NEGÓCIOS

Samsung Portugal reforça equipa

LER MAIS

IT CHANNEL Nº 105 MARÇO 2024

IT CHANNEL Nº 105 MARÇO 2024

VER EDIÇÕES ANTERIORES

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.