Margarida Bento em 2021-11-17

NEGÓCIOS

Análise

Ajudar o cliente a navegar a sustentabilidade dos data centers

No decorrer do Innovation Summit World Tour 2021, Pankaj Sharma, Executive Vice President da divisão de Secure Power da Schneider Electric, partilhou com o IT Channel de que forma os Parceiros podem ajudar os clientes a reduzir a pegada ecológica da sua digitalização

Ajudar o cliente a navegar a sustentabilidade dos data centers

Pankaj Sharma, Executive Vice President da divisão de Secure Power da Schneider Electric

A relação complexa entre a sustentabilidade e a digitalização, há muito entre as prioridades de topo da Schneider Electric, nunca foi tão clara como nos últimos 18 meses. O aumento do ritmo da digitalização, levou à necessidade de construir mais data centers e, como tal, a um aumento proporcional das emissões de carbono. Tornou-se evidente que a abordagem ‘tradicional’ da computação não é sustentável em maior escala – e, como tal, é necessário adotar uma estratégia de sustentabilidade na conceção dos data centers, com base na eficiência, automação e desenho da cadeia de valor.

“Estamos a fazer isto nós próprios, e estamos a tentar educar os nossos Parceiros na mesma direção”, relata Pankaj Sharma.

Ao conceber um grande data center

Para este efeito, Pankaj Sharma reforça os cinco pilares estratégicos que os Parceiros devem ter em mente ao ajudar o cliente a planear um data center de grandes dimensões que responda às necessidades de digitalização do negócio de forma simultaneamente sustentável.

Em primeiro lugar, refere, é sempre necessário conceber uma estratégia data-driven ousada e acionável, com base nas necessidades de computação da empresa.

A isto segue-se a conceção de uma arquitetura ajustada a estas necessidades, eficiente e repetível. Com base na mesma, há então que pensar de que forma é possível maximizar a eficiência da operação.

“É na terceira etapa que o software e serviços de diagnóstico entram em jogo; quanto mais informação tivermos à nossa disposição, mais facilmente podemos tomar decisões sobre a performance do data center”, refere Pankaj Sharma.

Garantida a eficiência energética do data center, há então que considerar as fontes de energia que este irá utilizar. Dependendo do país, mais de 90% da rede elétrica pode corresponder a combustíveis fósseis, mas o acesso pelo menos parcial à mesma é necessário para garantir a estabilidade do fornecimento. Como tal, deve ser procurado o equilíbrio certo entre a energia proveniente da rede pública e de fontes renováveis locais.

Por último, e à parte da pegada ecológica direta da própria infraestrutura, há também que ter em conta a cadeia de valor associada. A sustentabilidade das operações dos fornecedores de hardware, bem como da forma como os clientes utilizam os serviços da empresa, é também equacionada no impacto ambiental do data center – e como tal deve ser tido em conta desde a conceção.

Ao conceber um projeto de edge computing

Estando também sujeitos a estes cinco pilares, as implementações de edge comportam também considerações adicionais, resultado da sua natureza dispersa e fragmentada. Nomeadamente, alerta Pankaj Sharma, a falta de standardização das soluções, que seria um dado adquirido na conceção de um único grande data center.

“Imaginemos um projeto no qual são equacionados mil pequenos data centers. Uma vez completado, o projeto pode até oferecer a capacidade de computação adequada, baixa latência e uma excelente experiência do lado do cliente”, refere Pankaj Sharma. “Contudo, com soluções não standardizadas, a implementação, gestão e manutenção são muito mais complexas e ineficientes”.

Isto reflete-se também na questão da mão de obra. São necessárias pessoas para implementar estes data centers fisicamente, e quando se considera um grande número de pequenos data centers isto torna-se difícil de fazer eficientemente. Quanto mais standardizadas forem as soluções, menor será este problema. Do mesmo modo, uma vez implementada a infraestrutura física, há que considerar a gestão e manutenção. Um alto número de localizações dispersas torna o deslocamento de pessoas para realizar estas tarefas rotineiras extremamente ineficiente, se não mesmo impossível. Como tal, o software e/ou serviços de gestão e manutenção remotos tornam-se indispensáveis para o funcionamento eficiente – e, como tal, sustentável – da operação.

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