Marta Quaresma Ferreira em 2025-5-08

BIZ

“Tentamos fazer a ponte entre a necessidade e a realidade do cliente e o que os nossos principais Parceiros disponibilizam no mercado”

Ainda que seja uma aposta recente, a área da cibersegurança é um dos grandes focos atuais do negócio da Divultec. O Parceiro quer continuar a crescer num mercado com “excelentes oportunidades”

“Tentamos fazer a ponte entre a necessidade e a realidade do cliente e o que os nossos principais Parceiros disponibilizam no mercado”

No âmbito do evento anual da Divultec, que se realizou no passado dia 3 de abril, em Vila Nova de Gaia, o IT Channel esteve à conversa com Brás Araújo, Diretor Geral da Divultec, sobre as oportunidades e desafios que surgiram no último ano no negócio do Parceiro.

Com quatro principais áreas de atuação – hybrid IT, cibersegurança, networking e workplace – a Divultec registou um “ano muito positivo” em 2024, com crescimentos entre 2 e 3%, e um volume de faturação na ordem dos 17,5 milhões de euros.

A cibersegurança revelou-se um pilar determinante, sendo hoje a segunda maior área de negócio na empresa. “Apesar de não termos crescido no volume total da faturação, houve um crescimento muito significativo da área de cibersegurança que era reduzida no nosso negócio”, traduzindo-se numa “transferência de negócio transacional para negócio de venda consultiva e negócio de valor”.

Deste ponto de vista, clarifica Brás Araújo, “foi muito positivo porque era um dos nossos grandes objetivos: ter uma presença e um reconhecimento maior na área de segurança, que é uma aposta recente com cinco, seis anos. Foi, claramente, o melhor ano [para a cibersegurança]”, reconhece, destacando “projetos muito relevantes” principalmente com fabricantes como Fortinet e Palo Alto Networks.

Ainda assim, o hybrid IT segue como a maior área de negócio da Divultec, que tem as suas origens na área de soluções e ofertas de data center e virtualização. “Nós nascemos nesse meio, é aí que temos a nossa grande base instalada”, refere o Diretor Geral, ainda que a cibersegurança permita alargar a oferta da organização perante a base de clientes já instalada.

Falta de talento qualificado vs necessidade de crescer

Numa visão sobre o atual panorama, o Diretor Geral considera que o mercado apresenta “excelentes oportunidades”, sobretudo devido às alterações na regulação como é o caso da Diretiva NIS2: “Nós sentimos, de facto, esta apetência sobre o negócio e a necessidade de olharmos para a segurança das empresas em geral e, no caso dos nossos clientes, olharem para a cibersegurança com outro nível de preocupação e investirem mais”.

Entre os maiores desafios, Brás Araújo destaca a dificuldade em garantir recursos humanos qualificados. “Precisamos de pessoas para crescer e precisamos de pessoas com qualidade e com experiência também para crescer porque esse também é o compromisso e é aquilo que entregamos aos nossos clientes – uma excelente qualidade de serviço”, reitera.

Acompanhar as tendências

O crescimento do negócio faz-se também de mãos dadas com as novas tecnologias, como é o caso da Inteligência Artificial (IA): “Há uma integração destas tecnologias naquilo que são as ofertas disponíveis aos fabricantes; nós, como integrador, tentamos fazer a ponte entre aquilo que é a necessidade e a realidade do cliente e aquilo que os nossos principais parceiros disponibilizam no mercado”, refere Brás Araújo.

Medir o pulso ao mercado e continuar a crescer

Sem querer fazer grandes previsões de futuro, o Diretor Geral da Divultec admite algum receio sobre possíveis atrasos nas decisões ao nível do setor público que possam impactar, de forma indireta, os clientes: “Sinto que há uma grande vontade das pessoas que lideram as organizações públicas de vencerem todas as barreiras para, no fundo, atualizarem e modernizarem as suas infraestruturas, até porque a cibersegurança não espera”.

Para os próximos meses a aposta recai, sobretudo, nas áreas de data center e cibersegurança. “A questão da inteligência artificial e a exploração e análise de grandes volumes de dados podem obrigar muitos clientes a voltarem a tratar estes dados dentro das próprias organizações e não tanto na cloud. Pode haver também alterações ao nível da área da hybrid IT, que se refletem em grandes oportunidades também para essa nossa unidade de negócio. A cibersegurança, felizmente ou infelizmente, continuará a ser uma importante oportunidade”, frisa o Diretor Geral.

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