2019-9-12

SEGURANÇA

Ciberataques custam biliões às empresas, mas não só

A Aon prevê que as perdas decorrentes de ciberataques atinjam globalmente os seis biliões de dólares até 2021

Ciberataques custam biliões às empresas, mas não só

O relatório “Prepare for the expected: Safeguarding value in the era of cyber risk” da Aon estima que, até 2021, as perdas decorrentes de ciberataques atinjam os 13 dígitos, fixando-se nos seis biliões de dólares, o equivalente a cerca de 5,44 biliões de euros.

Dos resultados do estudo, é de destacar que, em Portugal, o risco cibernético integrou, pela primeira vez, a lista das cinco principais ameaças para as empresas.

Prevê-se também que o investimento em segurança cibernética ultrapasse o bilião de dólares acumulados nos cinco anos anteriores a 2021.

De acordo com este relatório, e como explicado em comunicado, as empresas enfrentam perdas financeiras graves e imediatas face aos custos processuais deste tipo de incidentes, de multas regulatórias, e de perdas de receita resultante da interrupção da sua atividade.

Embora os custos financeiros imediatos de um ataque cibernético possam ser prejudiciais para as empresas, o relatório sugere que tão ou mais preocupante é o dano, prolongado no tempo, causado à sua reputação e mesmo ao valor de mercado de uma empresa ou lealdade à marca.

Anabela Araújo, Chief Broking Officer e Diretora de Sinistros da Aon Portugal, refere que “algumas empresas ainda não entendem completamente o impacto que um ataque cibernético pode ter na sua atividade. A consciencialização dos piores cenários e o seu impacto é crucial para o desenvolvimento de uma estratégia de resiliência eficaz na qual o cyber é gerido como um risco para e em toda a empresa. Os executivos devem procurar melhorar constantemente as suas estratégias holísticas de gestão de riscos cibernéticos para prevenir, preparar e ser capazes de responder a uma crise desta natureza”.

O relatório aconselha quatro etapas de "resiliência":

  • Assumir a responsabilidade – a gestão do risco cibernético deve ser um esforço transversal à empresa, mas a responsabilidade precisa de estar alocada ao topo da organização;
  • Unir a empresa - o risco cibernético não é apenas uma questão de segurança tecnológica e informática. É uma ameaça de toda a empresa e requer uma resposta multidisciplinar e multinível que envolva todas as partes interessadas relevantes dentro da organização;
  • Controlar o processo - as empresas não podem mais contar com a contratação de uma equipa de resposta após um ataque cibernético. A gestão de resposta a incidentes é fundamental na preparação das organizações e o planeamento de cenários ajuda a entender as vulnerabilidades e ameaças operacionais;
  • Proteger a operação - as empresas devem analisar a forma como estão a aproveitar as oportunidades de transferência de risco disponíveis. O seguro cibernético pode ajudar a proteger o balanço patrimonial de uma organização, fornecendo serviços de prevenção pós e pré-perda.

ARTIGOS RELACIONADOS

Cibersegurança: aumento exponencial previsto para a procura de funções
OPINIÃO

Cibersegurança: aumento exponencial previsto para a procura de funções

LER MAIS

Violação de dados custa cada vez mais às empresas
NEGÓCIOS

Violação de dados custa cada vez mais às empresas

LER MAIS

O verão e os riscos para a segurança das empresas
SEGURANÇA

O verão e os riscos para a segurança das empresas

LER MAIS

Recomendado pelos leitores

Fortinet apresenta atualização no sistema operativo de segurança de rede
SEGURANÇA

Fortinet apresenta atualização no sistema operativo de segurança de rede

LER MAIS

Eset lança nova solução a pensar nas pequenas empresas
SEGURANÇA

Eset lança nova solução a pensar nas pequenas empresas

LER MAIS

Commvault lança solução para ajudar na recuperação de um ataque
SEGURANÇA

Commvault lança solução para ajudar na recuperação de um ataque

LER MAIS

IT CHANNEL Nº 106 ABRIL 2024

IT CHANNEL Nº 106 ABRIL 2024

VER EDIÇÕES ANTERIORES

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.