2016-3-23

NEGÓCIOS

Metade dos empreendedores portugueses otimistas quanto a 2016

Segundo o Estudo Nacional de Competitividade Regional, elaborado pela Zaask, e que contou com a participação de mais de 1300 microempresas e empreendedores, cerca de metade aconselham a criação de novas empresas nos seus distritos. Apesar de considerarem a sua situação financeira como estável, indicam que a mesma poderá melhorar durante 2016.

Metade dos empreendedores portugueses otimistas quanto a 2016

O estudo indica que 53 por cento dos empreendedores consideram a sua situação financeira como razoável, dando a indicação de que a mesma poderá evoluir positivamente durante o ano de 2016. Quanto a apoios governamentais, a maioria dos empresários não tem conhecimento da existência de programas de formação destinados a pequenos empreendedores, promovidos pelos governos regionais/locais (76 por cento). Entre aqueles que admitem conhecer estes programas, a maioria refere que estes são poucos (57 por cento) ou quase nenhuns (11 por cento).

São muitos os empresários que aconselham a instalação de um novo negócio no seu distrito (49 por cento), no entanto 42 por cento dos empresários optam por uma postura imparcial e os restantes acabam por desaconselhar o lançamento de um negócio no seu distrito. Importa realçar que são os empresários com um negócio mais recente que mais facilmente aconselham a sua criação.

A facilidade em lançar um novo negócio, é uma questão que divide a opinião dos empresários: 35 por cento veem alguma ou muita dificuldade em lançar um novo negócio no seu distrito, 34 por cento não consideram nem fácil nem difícil e 31 por cento consideram haver facilidade na implementação de um novo negócio.

Também a facilidade de contratação nos diferentes distritos foi avaliada pelos empreendedores: 32 por cento consideram difícil contratar no seu distrito, enquanto 28 por cento consideram ser fácil recrutar. Viana do Castelo, Portalegre, Braga e Leiria destacam-se como sendo os distritos em que existe maior facilidade em contratar, segundo as microempresas.

Como referido anteriormente, a maioria dos empresários (76 por cento) não tem conhecimento da existência de programas de formação destinados a pequenos empreendedores. Entre aqueles que admitem conhecer estes programas, a maioria refere que são poucos (57 por cento) ou quase nenhuns (11 por cento). De destacar ainda que 19% dos indivíduos que reconhecem a existência dos programas não têm conhecimento acerca da quantidade oferecida anualmente.

Já os programas de networking promovidos pelos governos regionais/locais são ainda menos conhecidos entre os empresários, sendo que apenas 10 por cento afirmam ter conhecimento dos mesmos.

A maioria dos inquiridos classificam a situação atual da empresa como razoável (53 por cento) e 37 por cento consideram-na má ou muito má. As empresas da Região Autónoma da Madeira, Santarém e Bragança são aquelas que avaliaram a sua situação financeira de forma mais negativa.

Apesar de tudo existe algum otimismo no que respeita à situação futura: cerca de metade dos empresários considera que a situação poderá melhorar (um pouco ou muito) ao longo do ano. São os representantes das empresas mais recentes quem mais tende a olhar para 2016 de forma mais positiva. Viana do Castelo e a Guarda são os distritos mais otimistas face às perspectivas futuras, enquanto Portalegre é o mais pessimista.

Situação económica nacional/distrito

Foi ainda pedido aos empresários que avaliassem a situação económica do país e do seu distrito, nos 12 meses anteriores. De uma forma geral, a avaliação da situação económica é má, situando-se a média de ambas as questões abaixo do ponto médio da escala. Ainda assim, os indivíduos tendem a avaliar de forma mais negativa a situação económica do país (56 por cento consideram-na muito má ou má face a 51 por cento para o distrito) e de forma mais positiva a situação do distrito (9 por cento consideram-na boa ou muito boa face a 6 por cento para o país).

Algumas curiosidades sobre os distritos

- Viseu e Portalegre são os distritos que os empresários locais mais recomendam para lançar um novo negócio;

- Vila Real e Aveiro são os distritos onde é mais fácil lançar um negócio;

- Viana do Castelo e a Região Autónoma dos Açores é onde as empresas locais sentem maior acompanhamento por parte dos Governos Regionais/Locais e no extremo oposto, Beja destaca-se como o distrito que menos sente esse acompanhamento;

- Viseu e Beja são os distritos onde é mais difícil recrutar;

- As Regiões Autónomas dos Açores e Madeira são as que mais conhecem a existência de acções de formação promovidas pelo governos regionais, enquanto de Viana do Castelo e Vila Real são as que têm conhecimento de mais acções de networking.

- O Porto situou-se sempre à frente de Lisboa em todas as perguntas, com exceção do optimismo face à evolução da situação financeira das empresas, nos próximos 12 meses, em que os empreendedores Lisboetas se mostraram mais otimistas que os Portuenses.

- Os empreendedores de Viana do Castelo são aqueles que sentem uma maior satisfação com a sua situação, quer sobre a facilidade em recrutar, como sobre a situação económica da empresa e dos distrito e as perspectivas futuras, entre outras, em que apresentam melhores dados do que o resto do país.

 

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