Eulalia Flo, Country Manager para Iberia da Commvault em 2020-8-14

OPINIÃO

Gestão de dados para reduzir custos

A situação económica mundial está a trazer desafios imprevistos para as empresas, que obrigam a reexaminar a forma de gerir eficazmente os custos e fomentar a eficiência dos recursos existentes

Gestão de dados para reduzir custos

Eulalia Flo, Country Manager para Iberia da Commvault

As organizações vêm-se assim pressionadas a manter o seu nível de atividade e, ao mesmo tempo, a controlar, se não mesmo reduzir, os seus custos. Muitas optaram por rever os seus orçamentos de TI como meio de reduzir os seus encargos financeiros por causa da pandemia em curso e das alterações na cultura de teletrabalho. Acredito que a gestão eficiente dos dados é aqui determinante, no sentido em que pode ajudar as empresas a fazer mais com o mesmo, ou em muitos casos até com menos.

As equipas de TI enfrentam múltiplos obstáculos ao tentar controlar os custos, enquanto continuam a gerir volumes cada vez maiores de dados. Em condições económicas mais favoráveis, os departamentos de TI poderiam ampliar a sua infraestrutura, contratar administradores adicionais e aumentar as renovações de software.

Com a quebra da economia, as empresas travarão uma difícil batalha para manter os seus projetos operativos e os fundos necessários para os concretizar. O ambiente atual está a levá-las a reavaliar a sua infraestrutura e a identificar áreas de possível redução de custos.

Os especialistas defendem que uma gestão eficiente dos dados é fundamental para controlar os custos e administrar os recursos de forma eficaz. Abandonar múltiplas e dispendiosas soluções proprietárias não só permite às empresas reduzir os custos de renovação do software, como também diminui os custos da infraestrutura física e da sua administração, uma vez que uma solução mais eficiente e não dependente de um fornecedor reduz os custos excessivos.

A explosão repentina do volume de dados assombra as organizações, e a maioria enfrenta dificuldades para tentar proporcionar capacidade de armazenamento suficiente para albergar todos esses dados. É precisa uma abordagem moderna ao armazenamento de dados, em que uma plataforma unificada e com capacidade de armazenamento escalável pode ajudar a aguentar esta explosão dos dados, ao mesmo tempo que se reduzem os custos que a gestão de um armazenamento extenso de dados representa.

Com os dados dispersos em sistemas e plataformas heterogéneas para dar resposta a uma força de trabalho móvel, o tempo de inatividade, seja causado por um ciberataque, por um corte no fornecimento elétrico ou por ameaças internas, torna-se numa das maiores preocupações das empresas. Dado que a continuidade das atividades é de máxima prioridade, até um pequeno tempo de downtime pode representar enormes prejuízos económicos e de reputação. É preciso adotar uma postura integral no que toca à recuperação de desastres para garantir que os dados estão disponíveis e acessíveis a todo o momento, independentemente da sua localização.

Embora estar na cloud se tenha tornado numa prioridade para a maioria das organizações, a realidade é que continua a ser um desafio gerir e controlar o custo dos ambientes multi-cloud ou híbridos, o que acaba por causar atrasos em muitos projetos. Para acertar na gestão de dados multi-cloud, as empresas devem dispor de uma visibilidade única sobre o estado dos seus dados na cloud, seja em ambientes de cloud pública, privada ou híbrida. A flexibilidade de mover dados e workloads através de todo o tipo de infraestruturas, tanto em instalações locais como na cloud, permite otimizar esta infraestrutura e proporcionar uma maior eficiência de custos. Uma vez colocadas as workloads na cloud, o uso de aplicações para disaster recovery ou proteção de dados integradas de forma nativa simplifica a gestão e evita sobrecustos.

Embora muitas empresas acreditem que estão mais do que preparadas para gerir os seus dados e deles extrair valor, a realidade é que muito poucas têm os seus dados em perfeito estado. Este é um desses momentos críticos, em que os líderes devem tomar as rédeas dos dados nos novos ambientes e fazê-lo de forma responsável, com as políticas e tecnologias adequadas para dotar as equipas dos recursos necessários em cada momento.

O grau de inteligência com que as empresas protegem, gerem e tiram proveito do seu ativo mais importante, os seus dados, determinará quais prosperarão nestes tempos turbulentos. Ou seja, quais serão as empresas #dataready.

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