Henrique Carreiro em 2021-11-09

OPINIÃO

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A caminho da metaverse empresarial

Não terá passado desapercebida a ninguém a mudança de nome do Facebook para Meta, para indicar a sua aposta no chamado metaverse, ou seja, no cruzamento entre o mundo digital e o mundo físico, na realidade assistida por meios digitais

A caminho da metaverse empresarial

Deixando de lado os aspetos mais hiperbólicos que se podem associar a tais plataformas, é relativamente simples perceber como tal objetivo se compagina com uma empresa que detém o Facebook, o Instagram, o WhatsApp e ainda a empresa de realidade virtual Oculus. Adicionalmente, a Meta (ainda antes do novo nome) já tinha anunciado estar contratante de dez mil funcionários na Europa para ajudar a levar a cabo a sua visão relativa ao metaverse. Mas se a empresa de Zuckerberg tem agora o nome e a missão, não será a única em tal demanda.

Qualquer dos atuais grandes fornecedores de plataformas de cloud, a Microsoft, a Amazon e a Google, estarão certamente na corrida, já porque cada um deles tem a capacidade computacional, os recursos e o foco em IA para entrar na área com o músculo necessário – já, também, porque faz sentido em termos de negócio. É notório que após a experiência de 2020 e 2021, as empresas queiram dotar as suas equipas com capacidades de trabalho remoto ou trabalho assistido usando tecnologias de realidade virtual.

Quer a Microsoft, com o Hololens, quer a Google com o Glass, já se fazem representar nesse espaço. Não é difícil também imaginar que a Amazon queira dar aos seus clientes uma experiência de compra virtual tão próxima da física quanto possível – e que isso a leve a investir nesta área os seus consideráveis recursos. E há, claro, a componente empresarial colaborativa.

Ninguém imagina que a Zoom não esteja a trabalhar em melhorias nas suas plataformas que apontem nesse mesmo sentido, que o Slack se mantenha ausente dessa expansão ou que o Teams da Microsoft não modifique, nos próximos anos a integração com – por exemplo – a tecnologia que a Xbox já possui.

Satya Nadella, CEO da Microsoft, tem vindo a falar do tema já desde antes de Mark Zuckerberg ter anunciado a mudança de nome do Facebook. O próprio Office está lenta, mas seguramente, a fazer a mudança para o que a empresa chama cenários de trabalho híbrido. Portanto, é certo que a Meta tem o nome, mas outros nomes do espaço empresarial poderão atingir a meta primeiro, ou pelo menos, ex aequo com ela.

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