Disponibilidade, capacidade e Eficiência de Data Centers

A pandemia de 2020 mostrou-nos que cada vez mais precisamos de estar preparados para o inesperado. A melhor forma de enfrentar o inesperado é pensar e planear com antecedência. Por isso, nos ambientes de IT, a tecnologia e os data centers precisam de trabalhar já na fase de projeto conceitos como o aumento de disponibilidade, a resiliência, disaster recovery, para que a continuidade do negócio não seja afetada quando o inesperado bater à porta.

Nos últimos tempos surgiram normas, certificações, empresas, soluções e profissionais dedicados a desenvolver o tema de aumento de disponibilidade nos sistemas de IT e Data Centers. Como exemplo, posso citar a certificação Uptime para ambientes de missão crítica que classifica os projetos e a operação em níveis de redundância e disponibilidade.

Fabricantes como a Furukawa têm desenvolvido soluções e programas para os seus clientes que endereçam o tema da Alta Disponibilidade desde a concepção do projeto até à operação. Obviamente que o mercado tem optado por contratar soluções que estejam aderentes a esse tema e que sejam resilientes quando problemas inesperados aconteçam. 

Costumamos dizer que é muito difícil termos sistemas à prova de falhas. Portanto, é importante estar preparado para o maior número possível de problemas e ainda conseguir enfrentar as falhas de forma rápida e ágil. Hoje em dia até sistemas que fazem parte de segmentos físicos e de infraestrutura de rede têm disponibilizado ferramentas e soluções que contribuem para o rápido reconhecimento de falhas e operações inesperadas. Ações corriqueiras como uma simples manobra de um cordão ótico podem ser monitoradas, e um problema muito grande pode ser evitado com a utilização desses dispositivos.

A questão de segurança cibernética e hackers também se tornou um ponto de atenção. Isso tem atormentado os gestores de sistemas de IT e quando esses problemas acontecem, estão diretamente ligados a grandes prejuízos financeiros e para a imagem das empresas.

Como a maioria dos serviços estão na cloud ou dependem dela para a sua operação, é importante a mantermos conectada da perspetiva da infraestrutura. A partir dessa visão, podemos dizer que a cloud é um conjunto de pontos conectados globalmente por uma rede de cabos óticos, satélites e outros. Esses pontos espalhados pelo planeta são os data centers, e nessa intrincada rede funciona a cloud, o transporte de dados, e os serviços.

É importante que todos esses pontos sejam conetados com uma performance homogénea, para que sejam minimizados os problemas oriundos de descasamento de performance e aumento de atrasos e falhas. Três fatores são importantes para a manutenção da performance das redes: o aumento da velocidade e disponibilidade e a redução da latência.

Como já citado, a avaliação prévia de projeto e topologia ajuda a aumentar a disponibilidade do sistema, antevendo alternativas de rotas, aplicações e tipos de transmissão. A escolha correta de fibras e cabos, bem como a quantidade, impactam diretamente na velocidade e na latência, pois opções de interfaces óticas que podem ser conetadas diretamente, reduzem a introdução de atrasos devido à eletrónica e processamento. Sistemas concebidos de maneira flexível dão ao operador opções variadas para atendimento rápido a mudanças sem prejudicar os serviços.

Quando se procura a homogeneização da performance da cloud significa que essas variáveis devem estar igualadas o quanto possível tanto dentro [intra-datacenter] do data center, quanto nas conexões entre eles [inter- -datacenter]. As redes de transporte e DCI [datacenter interconnect] e redes internas com performances muito diferentes prejudicam a cloud como um todo, pois tudo está interconectado.

Concluindo, o tema de aumento de disponibilidade deve ser tratado já na fase de projeto. Tratar essa questão num sistema em operação com certeza custará mais e exigirá muito mais recursos. 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e Furukawa Electric Group