2018-1-02

NEGÓCIOS

Bola de Cristal 2018

As tendências de negócio no Canal

O ambiente geral na Europa (e em Portugal) é de otimismo para 2018. Pela primeira vez é esperado que a região quebre a barreira do meio-bilião de euros de investimento em IT (500 mil milhões de euros), o que representará um crescimento de 6%, de acordo com a Gartner.

As tendências de negócio no Canal

Do lado do Canal as previsões são semelhantes, com uma previsão da Canalys para 4% de crescimento na distribuição e de 7% nos Parceiros, diferença que se explica essencialmente com o aumento de serviços.

Mas nem todos os setores crescerão. Nas telecomunicações (valores não considerados nos números apresentados acima) é mesmo esperado um decréscimo de quase 1% em volume de negócios. Mesmo no IT, alguns segmentos estão estagnados, e nos que crescem os modelos de negócio continuarão em profunda alteração. É por isso importante os Parceiros apostarem pelos caminhos mais promissores de geração de valor.
 

1- Não desista do “Ferro”

O Canal cresceu sobre o hardware, mas na última década as margens foram esmagadas especialmente nos dispositivos. Gradualmente estas estão a voltar, mesmo no PC, pese que alguns fabricantes tentam repassar nos seus programas de Canal o aumento de custos de componentes, como as memórias. A venda do hardware como um todo ultrapassará em 2020 os 50% das receitas do Canal, reassumindo um lugar maioritário no volume de vendas. De acordo com a Gartner, o total do volume de vendas de dispositivos na EMEA acelerará o crescimento para 4% em 2018.
 

2 - Verticalize-se

Apesar da dimensão do nosso mercado, sempre há espaço para ganhar competências especializadas em mercados verticais. De alguma forma é passar para o lado do cliente, abandonar como maior ativo o domínio de uma determinada gama de tecnologias e ganhar competências nas necessidades de mercados específicos pode ser uma estratégia diferenciadora e de maior valor acrescentado. Por isso, atenção aos mercados verticais onde se regista um maior crescimento:

  • Retalho Fisico – É surpreendente a resiliência do comércio, mas isso acontece em parte porque se reinventa; as áreas a explorar são a analítica, digital signage, o omni-channel e Stock rotativo.
     
  • Hotelaria e turismo – Nos próximos dois anos são esperadas 50 novas unidades hoteleiras de dimensão, 23 unidades das quais em Lisboa, mas o crescimento do turismo passa um pouco por todos os tipos de unidades de restauração e lazer; digital signage, redes, comunicações unificadas e automação predial são as competências mais necessárias.
     
  • Agricultura - o país urbano desconhece o país agrícola, mas ele também se moderniza e, para isso, depende do IT; controlo de pragas, irrigação inteligente, hidropónica computorizada.
     
  • Finança e seguros - Num setor em grande restruturação as oportunidades estão na mitigação do risco e na virtualização de serviços; análise da compliance, deteção de fraude, balcões virtuais.
     
  • Indústria – IoT, robótica, analítica do supply chain.
     
  • Saúde – Medicina à distância, imagiologia com IA, prevenção da infeção hospitalar.
     
  • Transportes - Controlo de acesso, manutenção preventiva baseada em analítica, gestão de frotas, e, um pouco mais à frente, veículos autónomos.
     
  • Setor público - Apesar das restrições orçamentais e cativações, existe algum espaço para crescimento em algumas áreas: smart cities, saúde publica, gestão de resíduos, conetividade.
     

3 - Enterprise software, uma oportunidade de dois dígitos

O software empresarial continua a ser o centro dos processos de negócio e assim permanecerá. Para lá do CRM ou do ERP é o valor dos dados, e a capacidade de as empresas extraírem valor deles é que conta agora. A maioria das empresas que analisam o mercado, incluindo a Gartner, esperam que o investimento em Enterprise Software cresça acima dos 10% em 2018. O Enterprise software é cada vez mais flexível, móvel, preditivo e sem silos, mas também mais dependente da adaptação dos produtos às realidades concretas de cada empresa, logo mais dependentes da capacidade dos Parceiros em oferecerem soluções.
 

4 - A evolução no modelo de

 

 

 

 

 

 

 

MSP

Os Parceiros de Canal que oferecem serviços MSP (managed service providers) estão a evoluir e a sofisticar as suas ofertas de modo a endereçar soluções de nível empresarial que também são simples de adotar. Alguns MSP crescerão para se tornar CIOs “virtuais” no mercado de SMB. Mais do que simplesmente gerir as operações diárias de TI de uma empresa, esses Parceiros irão ganhar a oportunidade de se tornarem membros ativos das organizações desses clientes e contribuir para o seu sucesso, recomendando os últimos avanços que suportem a transformação digital.

 

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