Fátima Ferrão em 2019-11-22

EVENTOS

IA será essencial no combate ao cibercrime

Os danos provocados pelos ciberataques deverão custar globalmente, em 2021, cerca de seis biliões de dólares, mais do dobro do valor em 2015. Uma tendência que, apesar de assustadora e potenciadora de um enorme conjunto de desafios, abre também novas oportunidades às empresas de segurança

IA será essencial no combate ao cibercrime

Depois de ter passado pelo Porto a 15 de outubro, a All In Cyber Tour da Watchguard decorreu no passado dia 5 de novembro em Lisboa, e contou com a presença de Henrique Carreiro, professor na Nova IMS e consultor em tecnologias da informação, como keynote speaker. 

Durante uma manhã, e perante uma plateia composta por cerca de meia centena de Parceiros, Carlos Vieira, diretor-geral ibérico, deu a conhecer a resposta da ‘nova’ Watchguard aos desafios de um mercado cada vez mais minado por ataques onde reina a sofisticação, e onde não falta o financiamento de cibercriminosos por grandes organizações e, até, governos. 

A grande aposta da empresa passa pela oferta de uma solução completa, composta por diferentes camadas capazes de dar resposta a todas as necessidades de segurança das organizações, com a cloud e o Wi-Fi no centro da estratégia. 

Numa altura em que o tempo de deteção de brechas de segurança parece estar a aumentar, de 190 para 196 dias, em média, segundo dados do relatório trimestral da Watchguard (2017 versus 2018), é fundamental que as empresas estejam devidamente preparadas para evitar problemas que custam milhares ou, em alguns casos, milhões de euros.

É também, por isso, essencial que as organizações se consciencializem para a importância deste tema para a sobrevivência dos seus negócios. 

A Watchguard, através da sua rede de Parceiros, procura contribuir para a ‘evangelização’ do mercado através de um conjunto de iniciativas que promove junto do Canal. Carlos Vieira destaca a importância das auditorias de segurança, que permitem precisamente alertar todos os colaboradores dentro de cada organização sobre as boas práticas, mas também sobre os comportamentos a evitar. 

“90% de todos os ataques começam com phishing e, grande parte, são bem sucedidos graças aos ‘happy clickers’, ou seja, aqueles colaboradores que abrem todos os anexos”, explica o diretor-geral. 

A introdução de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), machine learning, entre outras, que garantem uma melhor filtragem de dados e permitem retirar informação útil dos repositórios é também o caminho que a Watchguard está a seguir. 

“A IA será essencial no combate ao cibercrime, nomeadamente ao nível da prevenção e deteção de padrões”, salienta Carlos Vieira. 

 

Ciberataques: a ignição para a próxima recessão? 

A questão foi colocada pela revista Forbes, na sua edição de janeiro de 2019. No entanto, na opinião de Henrique Carreiro, o mundo parece caminhar nesta direção. 

“Os ataques são cada vez mais eficazes pois há data scientists muito bons do lado criminoso”, referiu durante a sua intervenção na All In Cyber Tour. 

As evidências estão, desde logo, no crescente valor dos danos do cibercrime a nível global. Segundo a Forbes, em 2015, os custos com estas ações ascendiam aos três biliões de dólares, valor que a mesma fonte estima que duplique em 2021. 

Outro dado relevante é a elevada percentagem de transações de criptomoeda destinadas a financiar atividades ilícitas que, revela a Forbes, será de 70% em 2021. 

“Estão a surgir áreas novas como o criptojacking, que explora essencialmente as vulnerabilidades de smartphones Android”, reforça Henrique Carreiro. 

Por outro lado, o ransomware está a tornar-se novamente numa grande ameaça, depois de ter perdido algum fôlego em 2018. 

Veja-se o recente ataque à Prisa, empresa espanhola de media, ou, já por terras lusas, o ataque à Fundação Champalimaud, que paralisou os sistemas durante 44 horas, ou o caso da empresa de advogados PLMJ que viu os seus dados relacionados com os casos “E-Toupeira” e “Operação Marquês” divulgados num blog no início deste ano. “Muitas empresas ainda têm sistemas informáticos como meros sistemas de apoio e são, por isso, muito vulneráveis”, explica o professor. 

Henrique Carreiro destacou ainda a importância do fator humano na prevenção das fraudes. “É preciso que todos estejam conscientes de que as passwords têm que ser bem escolhidas, evitando repetições para diferentes aplicações ou a utilização de informação ‘óbvia’, como datas de nascimentos, nomes de animais, etc.. 

Num cenário ‘negro’ existem, contudo, oportunidades de negócio. Citando dados da consultora PwC, Henrique Carreiro chama a atenção para o facto de menos de metade das empresas globais estarem preparadas para ataques, o que revela que há muito trabalho para as empresas de segurança. 

Para os Parceiros, parte deste trabalho passa por dar uma visão unificada da segurança aos seus clientes e contribuir para o reposicionamento do tema como enabler da mudança. 

“É fundamental adotar abordagens proativas face à segurança e desenvolver soluções de IT seguras por design e default”, recomenda.

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