2015-11-24

BIZ

Estudo Randstad Technologies

Millennials vão empurrar empresas para a inovação

Nasceram entre 1980 e 2000 e cresceram numa sociedade digital. Para os Millennials, a ligação à Internet é uma segunda casa, as interações estão à distância de um clique e as tarefas profissionais fazem-se em dispositivos móveis. Esta geração está já no mercado de trabalho e dentro de dez anos deverá constituir 75% dos trabalhadores.

Millennials vão empurrar empresas para a inovação

Perante este perfil, uma pergunta se impõe: estão as empresas a adaptar-se à geração Millenium, ou geração Y? Foi o que a Randstad procurou saber através de um estudo internacional, intitulado “Preparing for the Millennal Shift”, no qual se debruça sobre o modo como as infraestruturas de IT das organizações se estão a preparar para estas pessoas, através da adoção de tecnologias que são “millennial-friendly”, ou seja, de mobilidade, assentes em social media, em Cloud e em Big Data.  

O modo como estes profissionais encaram e vivem o trabalho é diferente da das gerações anteriores, o que irá transformar o mercado: privilegiam tarefas que os mantenham motivados e inspirados regularmente; procuram equilíbrio entre vida pessoal e profissional; trabalham remotamente e com flexibilidade de horários, entendendo o posto de trabalho como um conceito e não como um local físico no qual “têm” de permanecer das 9h às 18h. E se em 2013 um em cada três colaboradores pertenciam à geração Millennium, dentro de dez anos estima-se que constituam três quartos da força laboral.  “A Randstad antevê um mercado de trabalho global, em larga medida favorecido pela rápida evolução das TIC, aumento da rede aérea e dos voos low cost, entre outros aspetos. Também competitivo e concorrencial, dada a existência de mais players a disputar os mercados e de um maior gap entre a muita oferta e a pouca procura de emprego ao nível das áreas funcionais mais técnicas, tais como TIC e algumas engenharias”, destaca Bruno Barbosa, team leader da Randstad Professionals IT. Isto porque, como esclarece, esta geração “surgiu numa fase de grande prosperidade económica e de significativas evoluções tecnológicas. Dispõem de mais recursos e aproveitam mais oportunidades, dentro e fora de portas”. Para se adaptarem, “as empresas deverão estimular um ambiente de criatividade e inovação, assim como proporcionar boas práticas de gestão de pessoas, cabendo aos seus líderes a arte de bem saber atrair, formar, desenvolver e reter talento”. O responsável destaca ainda que estes digital natives estão já nas empresas portuguesas e que muitos deles “ocupam importantes cargos de gestão” dentro delas.

Tecnologia precisa-se

Segundo o estudo da Randstad, as empresas cujas infraestruturas de IT não fizerem face às necessidades desta geração podem ficar em desvantagem no momento de atrair novos talentos. Investir em tecnologias-chave é determinante e o estudo procurou saber como as empresas o estão, na prática a fazer, inquirindo IT managers em diversas empresas norte-americanas. Se tivermos em conta que nos EUA estes ciclos avançam mais depressa do que na Europa, importantes conclusões podem ser tiradas. A principal indica que muitos departamentos de TI dizem estar a preparar-se para a mudança, que a Randstad designa de “millennial shift”, verificando-se na prática algumas falhas. Há ainda uma distância entre o que os utilizadores pretendem e o que o IT pode oferecer, com os autores do estudo a indicarem que este será um trabalho progressivo e que intensificará à medida que esta geração vai prevalecendo no mercado de trabalho.

Os IT managers norte-americanos indicaram, no entanto, que estão já a ocorrer mudanças dentro das suas empresas, sobretudo ao nível da tecnologia móvel, que se tornou já essencial: 78 por cento observam um aumento de força de trabalho remota e 60 por cento planeiam investir em mobilidade no próximo ano. A Randstad diz mesmo que as empresas que não começarem agora a investir em mobilidade e a adotar uma política BYOD “devem começar agora”.

 

Investimentos em segurança são determinantes

Os IT managers também já entenderam que os millennials estão a transformar os requisitos de segurança, com 51% a indicar que vão investir neste tipo de tecnologias no próximo ano. E se mais de metade demonstraram confiança quanto à capacidade da sua empresa proteger a informação, apenas 37% disseram acreditar que conseguem assegurar uma disponibilização dessa mesma informação em qualquer lugar e a qualquer momento.

Os IT managers reconhecem ainda a importância de desenvolver ferramentas de colaboração, com 43% a indicar que pretendem realizar investimento nesta área no próximo ano. Aliás, se isto não acontecer, as empresas correm o risco de perder os seus colaboradores, que já estão habituados a usar e-mail cloud based e outras aplicações, fugindo de empresas que só lhes deem acesso a sistemas complexos e proprietários. A Ranstad diz que algumas empresas ainda estão “presas” a software tradicional com interfaces ultrapassadas e que é fundamental a adoção de tecnologia moderna: “O IT  necessita de um plano para uma rápida adoção de tecnologias que ajudem a atrair e a reter os millennials”.

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