Falta de inovação ameaça futuro das PME

Com 63% focadas em aumentar as receitas e 61% em tornarem-se mais inovadoras, as PME portuguesas mostram querer preparar-se para desafiar os tradicionalismos do crescimento, diz o mais recente estudo da Ricoh Europa, que inquiriu mais de 3 mil executivos de Pequenas e Médias Empresas, de 23 países, incluindo Portugal. Ainda que, contudo, 92% reconheçam o impacto da disrupção digital no seu setor, 59% não estão ainda preparadas para tirar partido dos benefícios. Além disso, nos próximos dois anos, um quarto dos inquiridos preveem que serão incapazes de reagir com a rapidez necessária às mudanças na regulamentação do governo e 21% ao crescimento da automação.

Em Portugal, 65% dos entrevistados consideram que é no desenvolvimento de produtos onde são mais inovadores, sendo o departamento de Recursos Humanos onde metade das empresas está a apostar mais recursos com vista à inovação.

“Ainda que o estudo seja uma espécie de chamada de atenção, a boa notícia é que os diretores de PME estão conscientes da mudança que está a decorrer nos seus mercados e da necessidade em inovar. Agora é o tempo de tomar uma atitude proativa e enfrentar a disrupção. Qualquer empresa que estime erradamente como adaptar os seus processos e estratégias arrisca-se a deixar o seu futuro à mercê dos acontecimentos”, comenta David Mills, diretor-geral da Ricoh Europa.

De acordo com a Ricoh Europa, as PME devem construir relações mais próximas com os clientes utilizando tecnologia para facilitar e informar sobre a evolução dos produtos e serviços. Neste campo, 54% já reconhecem que necessitam de desenvolver relações constantes com os seus clientes e 50% estão convictos de que serão os desafios dos clientes a promover a inovação nas empresas.

O investimento em tecnologia também é fundamental para as PME: 74% dos diretores afirmam que a tecnologia ajuda na sua capacidade em inovar. O estudo concluiu ainda que mais de metade (63%) querem promover espaços seguros para experiências e perceber se as ideias dos seus colaboradores têm sucesso.

“Trabalhamos com pequenas e médias empresas em toda a Europa que começam a perceber os benefícios de abordar a inovação sob um novo prisma. Conseguirão assim simplificar as operações para introduzir produtos no mercado em metade do tempo, usando serviços cloud para acelerar processos ou experimentar novas formas de relacionamento com os clientes e colaboradores. As PME mais abertas à inovação estão agora a nivelar o campo de ação contra os seus maiores rivais”, frisa Belles.