João Cruz, Iberian Secure Power & Field Services Business Development Director, Schneider Electric em 2022-3-21

NEGÓCIOS

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Data Centers: a sustentabilidade e a resiliência não são mutuamente exclusivas

Na Primavera de 2020, ainda nos primórdios da pandemia, Satya Nadella, CEO da Microsoft, salientou que “registámos dois anos de transformação digital em dois meses”. Esta frase continua muito relevante ao dia de hoje; acho que todos podemos concordar que o ritmo da transformação digital não diminuiu desde então, e isto nos mais variados setores da economia e da sociedade

Data Centers: a sustentabilidade e a resiliência não são mutuamente exclusivas

Assim sendo, creio que é importante que reconheçamos, também, o papel crescente dos Data Centers na nossa sociedade cada vez mais digitalizada. Para o resumir de forma simples: os Data Centers permitem o nosso futuro digital. Indo mais além, e dada a nossa crescente dependência neles, é fundamental que identifiquemos dois dos maiores problemas que os operadores de Data Centers enfrentam atualmente, à medida que caminha a passos largos para o futuro: a resiliência e a sustentabilidade.

A questão mais decisiva da era em que vivemos As alterações climáticas são, sem dúvida, uma das questões mais decisivas da era em que vivemos. Somos a primeira geração a reconhecê- lo, e também a que está mais bem posicionada para poder impulsionar mudanças que perdurem no tempo.

As alterações climáticas são essencialmente um desafio energético, considerando que mais de 80% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) se devem à produção e consumo de energia. A forma como atualmente utilizamos a energia é altamente ineficiente, e chegámos a um momento crítico. Demorámos mais de cem anos para chegar aqui e, de acordo com o último relatório do IPCC, divulgado em agosto, temos apenas nove anos para travar as emissões de forma a que nos mantenhamos abaixo do limite de 1.5°C de aquecimento global. Esta meta é mais viável do que, à primeira vista, poderíamos pensar, mas exigirá uma mudança de mentalidade, novas tecnologias mais verdes e colaboração entre os vários setores da indústria.

O caminho da sustentabilidade e da resiliência

Na Schneider Electric, vemos um caminho claro para alcançar sustentabilidade e resiliência – um caminho que não exige concessões ou compensações, e é possibilitado pela eletricidade e pela digitalização. Acreditamos que a eletricidade é a fonte de energia mais eficiente e o melhor vetor para a descarbonização. Ao darmos um passo em frente e unirmos o digital ao elétrico, a forma como utilizamos a eletricidade torna-se mais inteligente porque o digital torna visível o que era, até agora, invisível, e ao mesmo tempo elimina o desperdício e aumenta a eficiência. Por fim, “conectar os pontos” e permitir a visibilidade em todas as facetas de uma operação é essencial para alimentar um novo mundo elétrico – aquilo a que nós chamamos Eletricidade 4.0.

Os data centers permitem o nosso futuro centrado no digital

Tal como observei anteriormente, nos tempos recentes têm decorrido muitos debates sobre o notável progresso que fizemos, nos últimos 18-24 meses, na direção de um futuro digital. Esta transição acelerada para o digital é possibilitada pelos Data Centers, que são a verdadeira espinha dorsal da economia digital.

No nosso mundo cada vez mais digitalizado, temos testemunhado uma procura crescente por serviços de Data Center. O tempo de atividade destes sempre foi um imperativo de negócios, com estipulações claras descritas nos acordos de níveis de serviço. Como resultado da nossa maior dependência nos Data Centers, qualquer tempo de inatividade ou interrupção em toda a cadeia de valor tornou-se um caso mediático, capaz de fazer manchetes.

Alguns exemplos recentes, no ano passado, incluem a grande interrupção na Fastly (rede de conteúdos para web) em junho ou a falha de rede que causou uma interrupção de várias horas nas redes sociais Facebook, Whatsapp e Instagram em outubro. Esta última afetou não apenas os utilizadores das redes para fins recreativos, mas também as pequenas e médias empresas que dependem daquelas plataformas para suas atividades de marketing e comunicação.

Em paralelo, há uma crescente consciencialização e discussão pública sobre o impacto ambiental dos Data Centers nos vários países. Alguns colocaram moratórias nas novas construções de Data Centers. Singapura, por exemplo – onde os DC são responsáveis por 7% do consumo de eletricidade do país –, interrompeu a construção de novos Data Centers em 2019, e trabalha agora para identificar soluções que permitam que as suas operações sejam mais sustentáveis no clima tropical. Em regiões que sofrem com a escassez de água, como a costa oeste dos EUA, as comunidades locais levantaram preocupações sobre novas implementações de DC e a sua utilização dos recursos hídricos limitados.

Em Portugal, é sabido que cerca de metade dos Data Centers existentes estão concentrados na região de Lisboa e pertencem a grandes empresas, como a Equinix, a Colt, a Altice, a NOS, a PT Empresas ou a Claranet. Não parecem registar-se, ainda, preocupações de maior neste setor a nível nacional, mas a verdade é que é necessário apostar-se desde já numa maior eficiência energética destas instalações, para que nunca cheguemos a uma situação mais complicada, ou até de não retorno, em termos de sustentabilidade ambiental.

Passar de "resiliência ou sustentabilidade" para "resiliência e sustentabilidade"

Conseguir resiliência e sustentabilidade nas operações de Data Center é, agora, imperativo. Pensar que ambas são mutuamente exclusivas é uma perceção errada – na verdade, os Data Centers do futuro vão demonstrar com rapidez que é possível manter o tempo de atividade com responsabilidade, tirando partido de novas tecnologias, implementando estratégias ousadas e adotando uma nova mentalidade.

Em suma, as três tendências interconectadas que estão a redefinir a indústria dos Data Centers são: o rápido aumento da procura por infraestrutura; a exigência de cada vez mais resiliência; e a pressão pública para que os DC se tornem mais sustentáveis.

Os Data Centers do futuro são resilientes, sustentáveis, eficientes e adaptáveis. A nossa missão é não esperar mais, e começar a trabalhar para que o sejam desde já. Afinal de contas, já temos a tecnologia disponível para o conseguir; e sabemos que, hoje mais do que nunca, a sustentabilidade é uma necessidade, e não um “nice to have”.

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Schneider Electric

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