Canal de IT termina 2022 com crescimento de 1,1% das receitas

De acordo com dados da Context, o final de 2022 não foi positivo para o Canal de IT, com as receitas a crescerem 1,1%. Apesar do forte crescimento das receitas em outubro (4,9%) e novembro (3,8%), os números de dezembro (-4,3%) baixaram o total do quarto trimestre, em parte devido à incapacidade de igualar os valores de dezembro de 2021.

As vendas de valor, que cresceram 13,1% em relação ao ano anterior, após um terceiro trimestre ainda mais forte (22%), foram o motor do trimestre, enquanto as vendas de volume caíram 7,1% em relação ao quarto trimestre, após um crescimento de 2,8% no terceiro. 

Os distribuidores pequenos e médios mantiveram um bom desempenho no terceiro trimestre (16,2%) e registaram um aumento homólogo das receitas de 6,6% no quarto trimestre, sendo o único Canal que registou um aumento positivo.

No que toca a categorias de hardware, uma comparação mostra que a tendência global do mercado no quarto trimestre foi semelhante à dos trimestre anteriores, com as vendas unitárias a diminuir, os preços a retalho a aumentarem e, consequentemente, a estagnação das receitas.

“A variação entre a nossa previsão para o quarto trimestre e o rendimento real pode ser explicada em grande parte pelas cifras dos sistemas pessoais, um setor que representa mais de uma quinta parte das vendas através da distribuição”, explicou o diretor geral global da Context, Adam Simon.

Só os servidores (4%) e os disk arrays (6%) registaram um crescimento positivo no quarto trimestre, enquanto as receitas de portáteis caíram 23%. Os switches (53%), os servidores (29%) e pontos de acesso WiFi (38%) registaram aumentos significativos nos preços ao longo do ano, enquanto apenas três categorias registaram descidas de preços.

Os resultados traduzem um cenário desigual para o hardware, com os portáteis a descerem 15% anualmente e os auscultadores 29%. Os monitores viram a receita cair 10%, enquanto os monitores LFD caíram pela primeira vez em 2022 (-1%), apesar do aumento de 6% nos ASP.

“A variação entre a nossa previsão do quarto trimestre e o desempenho real pode ser explicada em grande parte pelos números dos sistemas pessoais, que representa mais de um quinto das receitas através da distribuição”, disse Adam Simon. 

“Alguns países também tiveram um desempenho pior do que esperávamos, como a Alemanha, a Polónia, os nórdicos e o resto da Europa, todos eles com um abrandamento considerável. Nas próximas semanas vamos aprofundar a análise das causas subjacentes a estes números”, acrescentou.