Rui Damião em 2022-2-10

BIZ

Análise

As tendências que vão marcar o Canal em 2022

Um novo ano traz novas tendências a que as organizações têm de estar atentas; o Canal tem de estar preparado para aquilo que as empresas vão requerer e antecipar e as suas necessidades

As tendências que vão marcar o Canal em 2022

No final de um ano e no início do seguinte, é habitual olhar para aquelas que serão as tendências para o futuro. Por vezes, algumas dessas tendências nunca chegam a estar verdadeiramente certas, mas a grande maioria mostra qual será o caminho para as organizações.

Depois de dois anos de pandemia, de muitas alterações no mundo dos negócios – e especialmente no mundo da tecnologia –, algumas tendências começam a consolidar-se e são, agora, uma certeza para as organizações e para a maneira como trabalham.

Para os Parceiros é importante olhar para as tendências para que possam antecipar o que será, à partida, as necessidades dos seus clientes e, quando o momento chegar, poderem oferecer o serviço que necessitam.

Para 2022, a Westcon Comstor, numa publicação no seu site, prevê algumas tendências que vão “transformar o Canal de IT em 2022” e compreendem os temas do trabalho híbrido, cibersegurança, sustentabilidade e serviços geridos, entre outros. As empresas precisam de soluções tecnológicas que lhes permitam ser mais flexíveis; os Parceiros têm a oportunidade de oferecer essa flexibilidade e prosperarem no mundo dos negócios.

Trabalho híbrido

Depois de um período em que o trabalho remoto foi a regra e não a exceção, o trabalho híbrido parece, agora, estar a tomar conta de muitas organizações. Seja por conveniência, por concentração ou, simplesmente, por receio da pandemia, a verdade é que o trabalho híbrido é uma realidade que não deverá desaparecer tão cedo.

O trabalho híbrido continuará a ser uma oportunidade significativa para o Canal. A Westcon Comstor espera um “investimento substancial em soluções de trabalho remoto por clientes empresariais, mas também, principalmente, pelas PME”.

Esta adoção, diz a empresa, será levada a cabo por uma mudança cultural no “entendimento e aceitação de trabalho remoto e híbrido”. Depois, as empresas já perceberam que o trabalho remoto não é apenas uma solução a curto prazo e, assim, podem desenhar a melhor estratégia possível para que os seus colaboradores trabalhem em casa ou no escritório.

No caso das PME, depois de um primeiro momento onde se investiu no que permitia manter o negócio a funcionar, chegou a altura de reavaliar as suas necessidades e abrir novas oportunidades onde o Canal de Parceiros pode aportar valor.

Cibersegurança

Se o trabalho híbrido é uma realidade cada vez maior nas organizações, a cibersegurança tem de ser tida em conta. Depois de um aumento do cibercrime – onde existem cada vez mais ciberataques tornados públicos – as organizações têm de investir em cibersegurança para não correr o risco de ver o seu nome manchado por um ciberataque devastador.

Com a crescente complexidade dos ambientes de IT e o aumento de ciberataques um pouco por todo o mundo, as organizações precisam de ajuda para se proteger. Dizer que vai existir investimento em cibersegurança é, para a Westcon Comstor, uma “simplificação excessiva”.

“As empresas precisam de proteger os seus dados, dispositivos e colaboradores onde quer que eles estejam. À medida que o número de colaboradores aumenta e diminui e as restrições que fazem com que se trabalhe em casa ou no escritório existem, as capacidades de cibersegurança vão adaptar-se, flexibilizar e escalar”, escreve a empresa.

Assim, os Parceiros de Canal têm uma grande oportunidade para aumentar o seu negócio e ajudar os seus clientes a estarem o mais preparados possível para uma realidade onde – infelizmente – os ciberataques e as ciberameaças vão continuar a crescer.

Sustentabilidade

Depois da conferência COP26, onde várias nações se comprometeram com novas metas climáticas, a sustentabilidade está cada vez mais na ordem do dia das organizações. Pensar num nível mais alargado e perceber como todos interagimos e impactamos o meio ambiente será fundamental para os negócios em 2022.

“Antecipamos que 2022 será um momento divisor de quão transparente e responsáveis os negócios são com os seus objetivos e performance de sustentabilidade”, refere a Westcon Comstor. A empresa explica que “a verdade inconveniente” é que “o mundo dos negócios está a começar a ver a floresta pelas árvores” e que os consumidores esperam provas – sejam dados concretos, acreditação ou outra verificação independente – do seu compromisso para com a sustentabilidade.

Na cadeia de IT, as métricas de sustentabilidade credíveis são agora um “must have” em vez de um “nice to have”. Diz a Westcon Comstor que “estamos a ver pedidos de proposta com linguagem específica que pede a sustentabilidade como pré-requisito”.

Serviços geridos

Por esta altura, o Canal sabe que os serviços geridos são uma maneira de aumentar os seus negócios e de ir de encontro às necessidades dos clientes, que têm menos recursos humanos disponíveis para gerir toda a sua infraestrutura. Para a Westcon Comstor, a “transformação e os novos modelos operacionais serão críticas para o sucesso de todos os negócios em 2022 e no futuro” e, neste sentido, a empresa acredita que os serviços geridos vão acelerar os negócios dos Parceiros.

As necessidades das organizações vão criar várias oportunidades para o Canal. Muitos Parceiros têm eles próprios passado por processos de transformação digital, até para passar da venda mais transacional para a venda de serviços.

“Os serviços geridos estão rapidamente a substituir a revenda tradicional como forma de lucro dos Parceiros de Canal”, escreve a Westcon Comstor. “Os utilizadores finais desejam automatizar ou externalizar mais funções não essenciais para que possam direcionar os preciosos recursos internos para se concentrar nas partes dos seus negócios que geram mais valor”, acrescenta a empresa.

Neste sentido, a Westcon Comstor alerta que, embora não atinja o seu potencial nos próximos 12 ou 24 meses, esta “tendência está bem encaminhada” e “agora é um bom momento para os revendedores tradicionais estabelecerem as bases e se prepararem para as oportunidades de crescimento mais à frente”.

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