Rui Damião em 2021-1-26

NEGÓCIOS

As tendências do Canal para 2021

Depois de um ano atípico para todas as empresas, 2021 promete ser melhor para o Canal. Apesar de o ano começar na mesma nota com que 2020 terminou, espera-se que o final do ano seja melhor do que o início

As tendências do Canal para 2021

A pandemia veio alterar por completo a maneira como as empresas trabalham. No entanto, no mundo do IT, a pandemia não trouxe necessariamente nenhuma grande tendência inovadora, sendo mais uma aceleração do que já estava em andamento.

Para 2021, a expectativa é continuar a transformação digital. Os Parceiros de Canal têm de ajustar a uma nova realidade e em dar aos seus clientes finais aquilo que eles precisam e procuram, idealmente antecipando as suas necessidades.

Assim, o Canal deve ter em conta as tendências para este ano que, não sendo necessariamente recentes, trazem desafios acrescido para os Parceiros

Trabalho remoto

Não é de estranhar que o trabalho remoto – ou teletrabalho – seja uma das tendências que o Canal pode tirar partido em 2021. Depois de uma migração forçada para este modelo de trabalho, e agora com um novo confinamento, o Canal ainda pode aproveitar uma situação que vai continuar ao longo do ano.

A verdade é que muitas empresas vão continuar a dar a oportunidade aos seus colaboradores para trabalharem a partir de casa – ou pelo menos fora do escritório – mais regularmente. Para além dos benefícios para os colaboradores, as organizações têm de endereçar as necessidades para que o modelo seja funcional. Uma dessas necessidades é o IT.

Mais trabalhadores remotos é sinónimo de uma gestão de mais endpoints conectados a ligações Wi-Fi pouco seguras, de dispositivos pessoais que são utilizados para trabalho e um ambiente de IT menos homogéneo.

Para melhor suportar os seus clientes, os Parceiros devem alterar a sua mentalidade para remote-first. Ainda que vão continuar a existir colaboradores e dispositivos nos escritórios tradicionais, os trabalhadores remotos devem ser considerados a norma e não a exceção.

Esta situação obriga a criar ambientes de IT e acessos de sistema que são completamente agnósticos a que localização ou rede é utilizada. Ao mesmo tempo, esta mudança de paradigma abre portas para uma outra tendência que, na primeira vaga de confinamento, nem sempre foi endereçada.

Cibersegurança

A cibersegurança tem vindo a crescer em importância ao longo dos últimos anos. Com o crescimento do trabalho remoto, essa necessidade é ainda maior. Se é verdade que o teletrabalho vai crescer, isso também significa – ou deve, pelo menos – que o investimento em cibersegurança vai crescer.

Para gerir ambientes de IT menos homogéneos, as equipas de IT têm de aplicar patches de segurança e atualizações o mais depressa possível. Todos os dispositivos devem ter as atualizações de segurança instaladas para evitar a entrada de potenciais criminosos.

Ataques de phishing, ransomware e violações de dados não são novidade, mas a rápida alteração do modelo de trabalho e a maior dependência por sistemas de IT e de continuidade de negócio tornaram o cibercrime numa atividade mais lucrativa.

Para combater este problema, os Parceiros devem ser proativos tanto com os seus clientes como consigo próprios. Soluções antivírus ou antimalware é o mínimo que qualquer empresa pode ter, mas soluções de proteção de email, por exemplo, podem minimizar os ataques de phishing.

Depois, quando um ataque for bem-sucedido, soluções de backup e de disaster recovery fornece outra camada de proteção que permite às organizações recuperar rapidamente os seus serviços essenciais com um downtime mínimo.

Juntar a capacidade do Parceiro de proteger os dados e sistemas dos seus clientes aos acordos existentes para incluir estas e muitas outras proteções como parte de um ambiente de gestão geral ajuda todos a estar mais protegido.

Migração para a cloud

Migrar aplicações core para a cloud não é, de todo, um tema recente; não o era em 2020 e não será em 2021. No entanto, o ritmo a que as empresas têm feito a sua transformação digital tem aberto inúmeras possibilidade para que existam mais funcionalidades e dados em soluções baseadas na cloud.

As plataformas de gestão de cloud podem simplificar o trabalho dos Parceiros que suportam os seus clientes. Estas soluções ajudam os Parceiros a gerir uma nova infraestrutura, a fazer o assessment de ferramentas cloud para que possam proporcionar uma grande poupança de tempo ao descobrir potenciais falhas de segurança.

Futuro incerto

Estas são apenas três tendências que o mercado está a assistir e que os Parceiros podem – e devem – aproveitar. Os Parceiros proativos podem tirar o máximo da atual situação e posicionar-se bem para uma eventual recuperação ao focar-se, por exemplo, nestas principais áreas.

O IT é cada vez mais estratégico nas organizações. As empresas nem sempre têm a capacidade ou as competências necessárias para endereçar todos os pontos necessários de uma infraestrutura de IT. A especialização dos Parceiros é demais necessária. Perceber que tendências vão ter lugar ao longo do ano é, também, importante para esse posicionamento dos Parceiros no mercado.

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