Seis fabricantes detêm 78% das vendas mundiais de PCs

Segundo a Gartner,  no terceiro trimestre foram vendidas 68,9 milhões de unidades no Q3, uma queda 5,7% face ao período homólogo.

Esta tendência de decréscimo é a mais longa da história da indústria de PCs.

“Existem duas situações principais que impactaram os resultados do mercado de PCs: a extensão do tempo de vida do PC como resultado do excesso de dispositivos de consumo, e a fraca demanda de PCs por parte dos consumidores nos mercados emergentes”, afirma Mikako Kitagawa, principal analyst, Gartner. “De acordo com o nosso ‘2016 personal technology survey’, a maioria dos consumidores tem e utiliza, pelo menos, três tipos diferentes de dispositivos nos mercados maduros. Entre estes dispositivos, o PC não representa uma prioridade para a maioria dos consumidores, sendo que neste caso não têm sequer a necessidade de fazer o upgrade do seu equipamento com a frequência que o faziam anteriormente. Alguns podem até decidir não fazer mais nenhum upgrade ao seu PC”.

Nos mercados emergentes, os consumidores são preferência à utilização de smartphones ou phablets.

Mas a principal novidade reside no facto do mercado de PCs estar a caminhar para uma elevada concentração. Pela primeira vez, os seis principais fabricantes alcançaram, em conjunto, 78% das unidades vendidas em todo o mundo,  um valor absolutamente record, o que significa que os OEMs estão a perder o seu espaço.

A Lenovo continua a liderar globalmente a nível do volume de vendas de PCs, mas a HP está perto da primeira posição. O fabricante chinês depara-se há seis trimestres consecutivos com uma diminuição de vendas, enquanto os seus mais próximos concorrentes, a HP e a Dell, estão em crescimento desde o segundo trimestre de 2016.

A estabilização do mercado empresarial foi um fator-chave para o aumento das vendas da HP, gerando a maioria das suas receitas.

“Os PCs móveis, onde estão incluídos os notebooks, os dois-em-um e os tablets Windows, mostraram um crescimento homólogo baixo, de um dígito, mas os resultados gerais foram contrabalançados pela queda das vendas de desktops”, comenta Mikako Kitagawa.

Estimativa preliminar das vendas globais de PCs por fabricantes no Q3 de 2016

Fonte:Gartner (outubro 2016)

Na EMEA, as vendas ficaram-se por 19,2 milhões de unidades no Q3, um decréscimo e 3,3% em relação ao terceiro trimestre de 2015.

Na Europa Ocidental, a procura de PCs conseguiu ser mais forte do que no segundo trimestre do ano, embora a procura tenha permanecido fraca em alguns países, como França.

O Brexit não impactou de forma imediata o mercado de PCs no Reino Unido. As vendas destes equipamentos mantiveram-se fortes à medida que o Canal aumentou a sua procura por PCs.