2025-5-29
A primeira edição da Netskope SASE Summit Lisbon reuniu especialistas, Parceiros e clientes para discutir os mais recentes avanços em segurança digital, com foco em soluções baseadas em SASE, integrações estratégicas e casos práticos de aplicação
Na sua primeira edição em Portugal, a Netskope SASE Summit Lisbon reuniu especialistas e clientes na Quinta da Pimenteira, em Lisboa, para uma manhã dedicada à cibersegurança de próxima geração. A cloud privada no centro da estratégiaA sessão inaugural esteve a cargo de Paulo Vieira, Country Manager da Netskope, que destacou a importância do mais recente relatório da Gartner, sublinhando uma viragem estratégica: “Pela primeira vez, a Gartner diz oficialmente que uma solução SASE deve assentar sobre uma cloud privada, e não pública. É uma mudança significativa”. O responsável salientou ainda a evolução da Netskope no ranking da Gartner: “Este ano, passámos de quatro para seis blocos críticos de análise. Ficámos em primeiro e terceiro em alguns, e em segundo noutros três”. Sobre o panorama tecnológico, Vieira foi claro: “A cibersegurança está numa mudança gigante. Agora é a vez da segurança de rede”. Soluções como failover automático, redundância de caminhos e ligação a operadores Tier 1 foram apontadas como elementos fundamentais para garantir segurança contínua e sem falhas. Escalabilidade imediata e proximidade geográficaLouis Zechtzer, VP de Platform Solutions Architecture, abordou a capacidade de resposta da infraestrutura Netskope: “Não esperamos até que precisemos de mais capacidade para adicionar. Nós adicionamos”. Referiu o exemplo do data center em Lisboa: “Vimos um crescimento de 30% em três meses. Então, simplesmente adicionámos mais capacidade”. Outro ponto abordado foi a geolocalização de conteúdos, com soluções específicas para países com ligações menos diretas: “Desenvolvemos um sistema que permite reconhecer que os utilizadores vêm de um país específico e ajustar o conteúdo e o IP em conformidade”. A empresa orgulha-se de ter SLA de latência inferior a dois segundos, algo que, segundo Louis Zechtzer, “ninguém mais faz”. Integrações estratégicas e segurança colaborativaDavid Willis, VP Technology Alliances, e Pedro Boavida, Solutions Engineer, apresentaram a abordagem integrada da Netskope, destacando colaborações com Microsoft, CrowdStrike e AWS: “Somos membros da Microsoft Intelligent Security Association e temos mais de 20 integrações com produtos como o Sentinel, Intune e Azure”. Os oradores sublinharam o conceito de “zero choice journey”, onde a segurança é transversal e constante, aplicada através de múltiplos pontos de controlo. Zero Trust e inteligência artificial em açãoBob Gilbert, VP Strategy and Chief Evangelist, demonstrou as capacidades da plataforma Netskope em ambientes colaborativos e na distinção entre usos pessoais e profissionais de ferramentas digitais: “Mesmo que a URL seja a mesma, conseguimos distinguir e aplicar regras específicas consoante o contexto”. O especialista destacou a pontuação de confiança do utilizador, baseada no seu comportamento, e o conceito de lineage de dados, que permite seguir o percurso completo de um ficheiro: “O comportamento do utilizador é muitas vezes indicativo de uma intenção maliciosa ou de uma conta comprometida”. Cibersegurança em tempo realIgnacio Franzoni, Solutions Engineer da Netskope, simulou a criação de um site de phishing com IA, demonstrando a facilidade e urgência de proteção reforçada: “Precisamos de mais do que uma solução de segurança, precisamos de integrar todas”. O Solutions Engineer apresentou o novo serviço de DNS seguro e destacou a integração com Microsoft Entra, com base em perfis de risco em tempo real. A proposta da Netskope assenta numa abordagem de SASE branch, combinando SD-WAN, segurança híbrida e orquestração centralizada: “A rede deve adaptar-se ao risco do utilizador, da aplicação e do dispositivo”. Casos reais: das clínicas à hotelariaPara terminar a manhã, Pedro Gomes, Regional Sales Manager da Netskope, teve a oportunidade de fazer algumas perguntas a clientes da empresa de segurança de rede, demonstrando os casos reais e aplicacionais das soluções da Netskope no mercado. João Neves, Associate VP of Information Technology da MoonLake, descreveu a adoção da Netskope como “essencial” desde os primeiros tempos: “Tínhamos muitos ‘shadows’, trabalhávamos com dados clínicos, e precisávamos de visibilidade em tempo real, sem comprometer a experiência do utilizador”. A atenção ao detalhe da plataforma permite aplicar políticas com descrição: “Conseguimos bloquear ou permitir acessos com base em dados específicos. E os utilizadores nem se apercebem, o sistema é transparente”. António Paixão, Diretor de IT do Grupo Pestana, destacou os desafios de operar em 17 países e 129 hotéis: “O nosso desafio é global”. O orador apontou para a facilidade de acesso e as capacidades de data loss prevention como pontos fortes: “Os meus colegas usam SAP dentro ou fora da organização e nem notam diferença, não precisam sequer de VPN”. A experiência do utilizador também melhorou substancialmente: “Antes, o upload de um logótipo era demorado. Agora é rápido e fluido”. António Paixão salientou ainda a segmentação rigorosa das redes: “Segmentamos fisicamente as redes: uma para clientes, outra para operação. A promiscuidade entre elas é um dos maiores riscos”. Por fim, revelou planos para aplicar a Netskope também ao tráfego dos clientes: “Não resolve tudo, mas complica bastante a vida a quem tem más intenções, e isso já é um objetivo”. Segurança que acompanha a transformação digitalA Netskope SASE Summit Lisbon mostrou-se mais do que uma montra tecnológica — foi uma partilha viva de experiências, desafios e soluções reais, onde a visibilidade, integração e adaptabilidade surgem como os pilares da segurança digital contemporânea. Numa era de inteligência artificial e conectividade global, a Netskope propõe uma nova forma de pensar a proteção dos dados: contextual, contínua e sem fricção. |