2017-4-24

NEGÓCIOS

IT entre os setores mais atrativos para trabalhar em Portugal

De acordo com o “Randstad Employer Brand Research 2017”, o IT é o segundo setor mais atrativo para trabalhar em Portugal, tendo representado 56% das escolhas dos trabalhadores portugueses

IT entre os setores mais atrativos para trabalhar em Portugal

O estudo levado a cabo pela Randstad teve em conta a opinião de 6902 inquiridos, em Portugal, com idades entre os 18 e os 65 anos, e sublinha a discrepância existente entre aquilo que os portugueses mais valorizam na decisão de mudar de trabalho e a perceção de quais os fatores em que as empresas estão mais bem classificadas. Enquanto a população ativa aponta como critérios mais relevantes a segurança no trabalho, um bom equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e um ambiente de trabalho agradável, as empresas são mais bemclassificadas nos critérios de saúde financeira, reputação positiva e uso de tecnologias recentes.

“Este gap de perceção significa que as empresas desenvolvem as suas estratégias de employer branding focadas em critérios que não são os mais importantes para os portugueses, aumentando a dificuldade de atração de talento”, explica José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal.

Efetivamente, quando cruzadas as as variáveis conhecimento de marca (awareness) e atratividade constata-se que continua a haver uma diferenciação entre estes dois fatores. Assim, o setor apontado pelos inquiridos como aquele que suscita maior atratividade para trabalhar é o da saúde, que representa a primeira escolha para 62% dos portugueses, seguido pelo setor de TI e consultoria (56%) e pelo turismo, hotelaria e lazer (53%).

No ano passado estes também foram os três principais setores escolhidos, porém, a área das tecnologias de informação ocupava o primeiro lugar. Por outro lado, o setor do retalho e grande consumo é aquele que apresenta maior reconhecimento de marca mas é o que está menos bem posicionado quando se trata de atratividade para trabalhar (28%).

Os atributos apontados pelos inquiridos que melhor caraterizam os setores mais atrativos são saúde financeira, reputação e uso das mais recentes tecnologias. Neste capítulo, o setor da saúde monopoliza as atenções ao liderar em praticamente todos os critérios-chave – “Segurança no trabalho”; “Equilíbrio trabalho – vida pessoal”; “Ambiente de trabalho agradável”; “Saúde financeira”; “Trabalho estimulante”; “Ambientalmente e socialmente responsável”; “Reputação e uso das mais recentes tecnologias”.

As TI e consultoria aparecem com melhor performance pelos inquiridos apenas no critério “Progressão de carreira”.

Analisando os dados segundo as caraterísticas sociodemográficas dos inquiridos constatam-se algumas diferenças na identificação dos atributos considerados mais importantes nas empresas. Enquanto os inquiridos do sexo masculino colocam entre as suas prioridades a segurança no trabalho a longo prazo e ter oportunidades de progressão na carreira, as mulheres que responderam ao “Randstad Employer Brand Research” valorizam, para além de um salário atrativo e segurança no trabalho, o equilíbrio entre trabalho e a vida pessoal.

Ao nível etário, apesar de existir consenso na identificação do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a geração mais jovem no mercado de trabalho (18 – 24 anos) identifica como prioridade ter um ambiente de trabalho agradável, enquanto os grupos dos 25 aos 44 anos e dos 45 aos 65 anos apontam a segurança no trabalho como fator-chave.

No que concerne ao nível de formação, os participantes no estudo com grau de ensino baixo e médio apontam os mesmos critérios – segurança no trabalho e ambiente de trabalho agradável. Os inquiridos com habilitações superiores identificam como critérios centrais o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e oportunidades de progressão na carreira.
 

Perfis ligados às engenharias e TI revelam expetativas distintas em relação ao mercado laboral

Os perfis com maior procura por parte dos empregadores e cuja oferta está abaixo do desejado, tais como perfis ligados às engenharias e às TI, apresentam expetativas distintas em relação a perfis menos especializados. Na pesquisa por um novo desafio profissional os perfis de engenharia valorizam sobretudo a opinião da família e amigos, a análise do site da empresa e artigos online para aferir a reputação das empresas. Já os perfis ligados às TI valorizam de igual modo a opinião da família e amigos mas encaram o LinkedIn como uma ferramenta importante.

Colocando na balança o conteúdo do trabalho e o employer brand, os perfis ligados a engenharia atribuem 90% ao conteúdo do trabalho e 10% ao employer brand. Já os perfis de TI atribuem 87% ao conteúdo do trabalho e os restantes 13% ao employer brand.
    
Quando questionados sobre o que procuram no empregador ideal, os perfis de engenharia e de TI valorizam fatores como equilíbrio trabalho – vida pessoal, progressão na carreira, ambiente de trabalho agradável e segurança no trabalho. A principal diferença destes perfis comparativamente à população em geral reside sobretudo no posicionamento da progressão da carreira como uma das motivações principais, ao contrário da população em geral que coloca fatores como por exemplo a segurança no trabalho como um item mais prioritário.

Perante o desafio de priorizar a tipologia de empresa onde gostaria de trabalhar verifica-se uma clara diferença entre estes perfis mais especializados e perfis mais gerais. Assim, enquanto os perfis mais gerais apontam ter o seu próprio negócio, trabalhar numa grande companhia multinacional e numa PME como prioridades, os perfis de engenharia e de TI colocam como prioridade trabalhar numa grande companhia multinacional e só depois ter um negócio próprio ou trabalhar numa PME.

Quando questionados se mudariam de setor onde trabalham atualmente, 38% dos perfis de TI afirmam que o fariam apenas se o salário e os benefícios fossem pelo menos semelhantes ao que auferem neste momento, enquanto 33% dos perfis de engenharia optaram pela mesma resposta. Outras razões apontadas para considerar uma mudança de setor é a possibilidade de não encontrar um emprego no setor (23% do setor de TI e 27% de engenharia) e sentir não estar enquadrado no setor (18% perfis de TI e 22% dos perfis de engenharia).

Na generalidade, 37% dos inquiridos afirmam estar dispostos a mudar de setor de atividade, desde que estejam asseguradas pelo menos condições semelhantes em termos de salário e benefícios. Paralelamente, 19% afirmam que mudariam apenas se não conseguissem encontrar emprego no seu setor, enquanto 10% admitem que não existiria lugar para a sua função noutro setor.
    
Ainda assim, uma parte considerável da população ativa (45%) refere que a transformação tecnológica que atualmente se verifica no mercado de trabalho vai trazer melhorias substanciais ao conteúdo da sua função. Por outro lado, 55% dos inquiridos afirmam-se predispostos a receber formação ou a reconverter as suas competências caso o seu posto de trabalho desapareça em breve, desde que as suas condições de trabalho atuais estejam asseguradas, enquanto 37% não acredita que a automação venha a ter influência na sua função.

 

Microsoft é empresa mais atrativa para trabalhar

A MIcrosoft destronou a TAP no ranking das empresas mais atrativas para trabalhar, com 83,11% das escolhas. Segue-se a Delta Cafés (69,40%), que manteve o segundo lugar e a TAP, que desceu assim para terceiro, com uma taxa de atratividade de 69,25%.

O top 20 das empresas consideradas mais atrativas para trabalhar integra ainda a Nestlé, The Navigator Company, RTP, Hovione Farmacêutica, ANA – Aeroportos de Portugal, Siemens, OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A., Nokia, Bosch Termotecnologia, Banco de Portugal, Volkswagen Autoeuropa, Pestana Hotel Group, Fujitsu Technology Solutions, CTT, EDP – Energia, Luz Saúde e Sumol+Compal.

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