2024-3-04

SEGURANÇA

Empresas portuguesas já utilizam soluções de cibersegurança com IA

Estudo da Microsoft junto das organizações nacionais revela que uma em cada cinco empresas já recorre a soluções de cibersegurança baseadas em inteligência artificial

Empresas portuguesas já utilizam soluções de cibersegurança com IA

Para compreender o estado da cibersegurança em Portugal, e estando agendada para outubro de 2024 a entrada em vigor da nova diretiva NIS2 (Network and Information Security Directive), a Microsoft promoveu a condução de um estudo junto de decisores de 184 organizações a operar a nível nacional.

Este estudo teve como objetivo apurar o grau de maturidade de cibersegurança implementada nas organizações, como pode a Inteligência Artificial (IA) ajudar as organizações nacionais a serem mais eficientes e, por último, quais os níveis de conformidade das empresas portuguesas com a NIS2.

O reconhecimento que a cibersegurança é fundamental para a proteção global de uma organização e da sua atividade, seja qual for a dimensão e setor de atividade, é evidente para o tecido empresarial português. Entre as principais ciberameaças que se impõem às organizações, os inquiridos destacam o phishing (70%), os softwares maliciosos com encriptação de dados e pedido de resgate (63%) e os ataques de negação de serviço DDoS (29%), pela sua capacidade de explorar vulnerabilidades nas redes e dispositivos programáveis da organização e, desta forma, perturbar os serviços e recursos das aplicações.

É precisamente aqui, no reforço das medidas de prevenção, que a IA pode desempenhar um papel estratégico na evolução da cibersegurança, mas a sua integração nos processos internos é ainda uma realidade longínqua para a maioria das organizações nacionais com 54% dos inquiridos a afirmar não utilizar soluções de segurança com recurso a IA.

Num mundo cada vez mais digital e em profunda transformação, a cibersegurança desempenha, mais do que nunca, um papel crucial na proteção de dados, pessoas, organizações e governos. Nesse sentido, o estudo levado a cabo pela Microsoft mostra que um número significativo de inquiridos (41%) refere que o investimento em cibersegurança ficará abaixo dos dez mil euros, cerca de 20% afirma estar entre os dez mil e os 50 mil euros, e apenas 4% assume ir além dos 50 mil euros, no entanto uma percentagem considerável (35%) desconhece por completo os investimentos previstos. A aposta nesta área é, sem dúvida, uma prioridade efetiva para 45% dos inquiridos, a começar pelo reforço da consciencialização e formação dos colaboradores.

No entanto, há um longo caminho a percorrer por grande parte das organizações, com uma percentagem considerável (35%) a desconhecer por completo os investimentos previstos quando no horizonte surge a nova diretiva europeia NIS2 (Network and Information Security Directive), que entrará em vigor no último trimestre de 2024.

Vemos os atacantes a usar a IA como arma para melhorar as mensagens de phishing, desenvolver código malicioso e permitir outros abusos da tecnologia, como a criação de deep fakes. Mas a IA é, também, e essencialmente, uma componente fundamental numa defesa bem-sucedida, sendo capaz de gerar recomendações em linguagem natural a partir de dados complexos, que resultam numa maior eficácia e capacidade de resposta no controlo de ameaças, ajudando as organizações a prevenirem e a parar os ataques à velocidade de uma máquina”, afirma Luís Rato, Diretor Nacional de Segurança da Microsoft Portugal, em comunicado. “Compreendendo que a velocidade, a escala e a sofisticação crescente dos ciberataques exigem uma compreensão e resposta global, é importante conhecer os desafios nacionais”.

A nova NIS2 é a legislação mais abrangente da União Europeia em matéria de cibersegurança e constitui um importante passo em frente no estabelecimento de um conjunto de requisitos, obrigações específicas e de medidas mais harmonizadas entre Estados-membros. De acordo com o estudo, 53% dos inquiridos acredita que as empresas portuguesas estão cientes e preparadas para estar em conformidade com a NIS2. Há organizações que assumem já ter definido planos de ação nesse sentido (73%) e as que já concretizaram efetivamente ações em prol da conformidade (62%). Porém, há ainda uma fatia significativa (62%), que afirma ter recorrido a consultoria externa para traçar a sua estratégia e para robustecer a organização de maiores níveis de conhecimento, tal é o desconhecimento sobre as implicações da nova diretiva na atividade global da organização (40%).

ARTIGOS RELACIONADOS

Microsoft lança ferramenta de red team para IA generativa
SEGURANÇA

Microsoft lança ferramenta de red team para IA generativa

LER MAIS

Microsoft anuncia lançamento da AI Innovation Factory em Portugal
NEGÓCIOS

Microsoft anuncia lançamento da AI Innovation Factory em Portugal

LER MAIS

Microsoft Portugal anuncia nomeações de Armanda Mealha e Teresa Dâmaso para reforçar Direção Executiva
NEGÓCIOS

Microsoft Portugal anuncia nomeações de Armanda Mealha e Teresa Dâmaso para reforçar Direção Executiva

LER MAIS

Recomendado pelos leitores

Check Point anuncia colaboração com a Microsoft
SEGURANÇA

Check Point anuncia colaboração com a Microsoft

LER MAIS

Fortinet apresenta atualização no sistema operativo de segurança de rede
SEGURANÇA

Fortinet apresenta atualização no sistema operativo de segurança de rede

LER MAIS

Eset lança nova solução a pensar nas pequenas empresas
SEGURANÇA

Eset lança nova solução a pensar nas pequenas empresas

LER MAIS

IT CHANNEL Nº 106 ABRIL 2024

IT CHANNEL Nº 106 ABRIL 2024

VER EDIÇÕES ANTERIORES

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.