2016-7-18

SEGURANÇA

Utilizadores avaliam os dados dos seus dispositivos em 615 euros

Este valor equivale ao dobro do que é habitual os hackers pedirem pela recuperação por pela recuperação dos dados raptados por ransomware

Utilizadores avaliam os dados dos seus dispositivos em 615 euros

Segundo dados da pesquisa anual da Kaspersky Lab e do B2B Internacional, que analisa o comportamento dos utilizadores de Internet, o valor médio dos arquivos armazenados nos dispositivos dos utilizadores duplica, normalmente, o da recuperação que por norma os hackers pedem pela desencriptação dos dados afetados pelo cripto-ransomware. Estes números explicam porque é que tantas pessoas estão dispostas a pagar aos hackers.

Este tipo de ransomware tem vindo a crescer nos últimos anos e a sua popularidade explica-se, em grande medida, pela sua eficácia. Segundo o relatório, cerca de 40% das vítimas pagam para restaurar os seus arquivos. Segundo a Kaspersky, isto não é uma surpresa, sobretudo se tivermos em conta que o resgate médio que pedem é de cerca de 270 euros e o valor médio dos dados que os próprios utilizadores estabelecem é de 615 euros. Por outro lado, para 39% dos entrevistados estes valores são superiores a 900 euros.

Nove em cada dez utilizadores confirmam armazenar informações pessoais importantes, como fotografias, vídeos, mensagens, contactos, entre outros, nos seus dispositivos e admitem que se os perdessem não seriam capazes de recuperar nem 15% da informação que lá tinham. De acordo com os entrevistados, o mais difícil são as mensagens privadas (36% acredita que estas se perderiam para sempre caso algo acontecesse ao dispositivo) e as fotografias (27%).

Embora os utilizadores reconheçam um elevado valor nos conteúdos dos seus dispositivos, nem todos tomam medidas de segurança proativas e, desta forma, arriscam-se a ter que pagar centenas de euros pela restauração dos dados perdidos. Por exemplo, apenas 9 em cada 10 dos entrevistados instalam a proteção em equipamentos que trabalham com Windows, 6 em cada 10 nos Macs e cerca de um quarto (23%) não faz cópias de segurança nem dos seus arquivos mais importantes. 

“Nos casos em que a encriptação é de cariz malicioso, nem o pagamento de um resgate garante que os dados sejam devolvidos ao proprietário. E, por azar, o ransomware não é a única ameaça que coloca os dados pessoais dos indivíduos em perigo, já que também os podemos perder ou podemos ser vítimas de um assalto no qual nos roubem o telemóvel. O comportamento de um utilizador descuidado pode resultar numa experiência emocional desagradável, assim como numa considerável perda económica”, afirma Alfonso Ramírez, Diretor-Geral da Kaspersky Lab Iberia.

Quando o utilizador conta com soluções de segurança instaladas e atualizadas, a maioria dos ransomwares ficam “presos” ao tentarem introduzir-se num dispositivo. Contudo, se ainda assim o malware conseguir entrar, existe outra capa de proteção – a tecnologia System Watcher – que é capaz de bloquear e fazer retroceder o malware.

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