João Gorgulho, DDC Group / LevelOne Portugal em 2025-6-24
Nos últimos anos, assistimos a uma transformação profunda no papel das redes empresariais.
João Gorgulho, DDC Group / LevelOne Portugal
Se antes eram uma infraestrutura visível, hoje são o verdadeiro sistema nervoso invisível das organizações. Como responsável pelo Grupo Digital Data Communications em Portugal, que detém marcas como Conceptronic, Equip e LevelOne, tenho acompanhado de perto esta evolução, não como tendência, mas como urgência. Vivemos numa era em que a rede já não é apenas o meio de transporte dos dados, mas sim a plataforma onde a experiência digital acontece. O modelo de trabalho híbrido, a cloud, a proliferação de dispositivos ligados e, mais recentemente, a IA generativa, transformaram as exigências colocadas nas redes. E é aqui que a nossa missão enquanto fabricantes e Parceiros de Canal se redefine. Na LevelOne, encarámos este desafio com pragmatismo: incorporámos nos nossos switches de gestão L2 e L3 funcionalidades de segmentação avançada, QoS, gestão remota e integração com plataformas de monitorização, garantindo que a rede é visível, adaptável e segura. A cloud não substitui a infraestrutura física, depende dela. E os nossos produtos são desenhados para esse equilíbrio essencial. Com o surgimento de aplicações de nova geração, desde realidades aumentadas ao edge computing, as redes tornam-se coprocessadores da experiência. A latência, a capacidade de adaptação em tempo real e a inteligência contextual serão os verdadeiros diferenciais. É por isso que apostámos, como exemplo, no XQS, um switch ToR com uplinks a 100GbE, preparado para ambientes de elevada densidade e exigência. Mas tudo isto só faz sentido se for acompanhado pelas competências certas. O futuro pertence aos “arquitetos digitais”: profissionais que não apenas instalam, mas que pensam redes como sistemas vivos. Recursos com bases sólidas em segurança, automação, scripting e cloud, um perfil híbrido e crítico num mundo onde a automação resolve muito, mas não tudo. É também neste cenário que surgem os desafios de integração. A pressão para inovar rapidamente leva muitas vezes à fragmentação das soluções. Como montar uma banda com músicos que tocam partituras diferentes? Com este contexto, na LevelOne, seguimos standards abertos: compatibilidade SNMP, CLI comum, suporte a protocolos de terceiros. Acreditamos numa inovação compatível e cooperativa. E o que nos reserva 2030?Acredito em redes empresariais com inteligência embutida, autorreconfiguráveis, com diagnósticos preditivos e gestão baseada no contexto de uso. Sistemas mais autónomos, menos intervencionáveis, mas com uma base fiável, e é aí que entra o hardware bem desenhado e preparado para a realidade. Aos Parceiros de Canal, deixo um apelo: este é o momento de liderar. Não vendam apenas hardware, entreguem continuidade, previsibilidade, valor. A vossa função não é apenas técnica, é estratégica. E é nos bastidores, com redes fiáveis e seguras, que o espetáculo empresarial digital acontece.
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