2025-6-23
A Hewlett Packard Enterprise (HPE) e a TD Synnex realizaram o HPE Day, um evento na zona de Lisboa que juntou Parceiros para ouvir falar sobre as soluções da empresa no que diz respeito a inteligência artificial, computação, armazenamento e redes
Dennis Teixeira, da HPE (à esquerda), e Raul Castro, da TD Synnex (à direita)
A TD Synnex e a HPE Portugal realizaram durante o mês de maio um evento intimista para os seus Parceiros em Paço de Arcos, na região de Lisboa, onde Raul Castro, Senior Director, Sales da TD Synnex Portugal, explicou que o objetivo deste evento era permitir momentos de networking entre a distribuidora, o fabricante e os Parceiros e relembrou que “as tecnologias são importantes, mas são os Parceiros que fazem a diferença”. Dennis Teixeira, Country Manager da HPE Portugal, afirmou no início do evento que “quase a totalidade do nosso negócio em Portugal é feito de forma indireta que passa pelos Parceiros e pelos distribuidores”. Assim, “é importante termos estes momentos de partilha com os Parceiros sobre os temas que hoje vamos debater: Inteligência Artificial [IA] e cibersegurança”. Inteligência artificial e armazenamentoNuma mesa-redonda durante este evento, Luís Rilhó, High Velocity Sales and Compute Lead for Portugal, GtM & Product Strategy Lead for Southern Europe da HPE, afirma que a empresa tem vindo, nos últimos anos, a fazer vários investimentos na área de supercomputação. “Fizemos vários investimentos na área da supercomputação, temos vindo a fazer aquisições e a fazer várias melhorias”, explica Luís Rilhó. “Nos últimos anos temos vindo a desenvolver várias capacidades de hardware e software que vão de encontro às necessidades da inteligência artificial”. Assumindo que os Parceiros possam não ter essa perceção, muitas das conversas com os clientes passam pelas necessidades e especificidades dos clientes no campo da IA. “O que temos vindo a fazer nos últimos dois anos é lançar alguns produtos específicos para IA que, depois, se integram em plataformas mais abrangentes. Por exemplo, lançámos um equipamento que tem um CPU e GPU da Nvidia, lançámos arquiteturas Arm com grande capacidade de desenvolvimento, lançámos máquinas para edge para permitir aos clientes utilizar tecnologias de IA sem ter um data center por trás estruturado”, explicou Luís Rilhó, acrescentando que é preciso que os Parceiros “conheçam as soluções” para melhorar endereçar o mercado no que toca à inteligência artificial e a soberania dos dados. Sobre armazenamento, Pedro Morais, Data Protection Segment Lead for Southern Europe, Latin America and Caribe da HPE, mencionou que os vários arrays que foram sendo lançados no mercado foram pensados para dados estruturados. No entanto, há cerca de dez anos – quando se começou a falar de big data – começou- se a falar de dados não estruturados. Aí, a HPE “viu a necessidade de se trabalhar os dados estruturados nos arrays, mas também os dados não estruturados que aparecem e que contêm informação”. Deste modo, a HPE olhou para o seu portfólio e “colocar outro protocolo de objeto. Temos a capacidade de armazenar e de procurar dados para depois serem trabalhados. Temos uma oferta para dados não estruturados que complementa a oferta que já tínhamos para dados estruturados, assim como uma camada de software para trabalharmos esses dados”. Cloud e networkingNo que diz respeito à cloud, Pedro Teixeira, Customer Success & Lifetime Value Manager da HPE, relembrou que muitos diziam que as organizações iam migrar massivamente para as clouds públicas, mas isso não aconteceu: “um terço está de facto na cloud pública, mas dois terços está em clouds privadas”. Assim, as empresas têm desafios para gerir as clouds: a explosão dos custos – que tem levado a um repatriamento dos workloads – e o trabalho em silos por muitas das equipas. O HPE GreenLake Cloud foi anunciado em 2013 como um modelo de subscrição – se consome mais, paga mais e se consome menos, paga menos – e é uma ferramenta que pode combater a ameaça da cloud pública. “Anunciámos o Unified Cloud Platform que agrega todas as soluções e produtos para cloud da HPE e que introduz um modelo de gestão da cloud para as empresas”, afirma Pedro Teixeira. Este modelo chegou depois da aquisição de várias soluções que trouxe capacidades para a oferta da HPE que facilitam o trabalho e que vão de encontro às necessidades das organizações. Já sobre redes e networking – a HPE Aruba Networking –, Sónia Casaca, Country Manager da HPE Aruba Networking, refere que as novas soluções têm IA integrada que permite prever e antecipar problemas nas redes, como questões de downtime, tornar a rede mais flexível, escalável e inteligente, mais fácil de utilizar através do Aruba Central. “Uma das grandes novidades é a integração do Aruba Central que vai trazer uma maior observabilidade da rede com inteligência artificial, podendo gerir tudo o que é tecnologia HPE e Aruba, como fazer a monitorização de outras tecnologias que têm na rede; vemos que muitos clientes não têm todos os produtos da Aruba na sua rede, mas precisam de fazer uma gestão eficaz desses dispositivos”, explica Sónia Casaca. Cloud privada e servidoresPedro Teixeira mencionou o modelo de consumo para gerir a cloud: o Private Cloud AI. “A intenção do lançamento Private Cloud AI foi diminuir a taxa de falha dos projetos de implementação de inteligência artificial. A ideia é disponibilizar ao mercado uma solução que permita acelerar o desenvolvimento de IA para quem já está nesse caminho, ou permitir uma taxa maior de sucesso para os clientes que estão a começar nesta jornada”, afirma. “A oferta de IA da HPE vai para além do Private Cloud AI e não é para todos os clientes. Para quem quer brincar e experimentar um bocadinho com as soluções de IA, as soluções na cloud pública são suficientes. Para outros clientes, deve ser feito em cloud privada porque, por exemplo, na cloud pública os custos explodem rapidamente”, explica Pedro Teixeira. Em termos de computação, Luís Rilhó refere que há uma maior preocupação ambiental e os equipamentos antigos acabam por gastar mais energia e são menos suficientes. “Estamos a lançar a 12.ª geração e tenta cobrir essa necessidade que os equipamentos antigos não conseguem resolver: as maiores capacidades de processamento e uma maior eficiência”, explica. A proteção de dados e da redeNo que diz respeito aos dados e à sua proteção, Pedro Morais explica que ter um backup é importante, mas “quando acontece um azar, queremos recuperar num curto espaço de tempo e sabemos que um restore pode durar várias horas ou até mesmo dias”. A oferta da HPE permite fazer restauração de dados em minutos e criar políticas de isolamento para ir de encontro às necessidades dos reguladores. “Há a preocupação de ter os dados protegidos, mas também de estar compliant com os requisitos das regulamentações”, refere Pedro Morais. A HPE Aruba Networking procura contribuir para a integridade das redes e Sónia Casaca refere que a empresa “ajuda na construção de redes seguras através do zero-trust, do controlo de acessos, do SASE. Temos a visibilidade e o controlo de toda a rede, desde o primeiro dispositivo até chegarmos ao data center. Ao mesmo tempo, é preciso ter uma conectividade escalável e segura”. Acrescentar valorAo IT Channel, Raul Castro especifica que a HPE é “um fabricante relevante dentro da oferta que a TD Synnex tem não só em Portugal, mas nas geografias onde operamos. A TD Synnex acrescenta valor, acrescenta ofertas relevantes no mercado”. Por sua vez, Dennis Teixeira afirma que “a TD Synnex é um dos nossos principais distribuidores em Portugal” para a HPE e, como tal, “tem um papel muito relevante, não só de apoio financeiro, mas também no negócio dos nossos Parceiros, assim como enablement, de formação e de disponibilização de conhecimentos”. Filipe Gomes, Partner Channel Manager da HPE, referiu que “este tipo de eventos permite- nos não só ter um momento particular para estarmos e privarmos com os nossos Parceiros, mas, acima de tudo, permite-nos estar com os nossos top partners e top resellers. O que queremos é passar as nossas mensagens tecnológicas”. Por fim, Pedro Morais afirma que “As empresas estão focadas na proteção dos dados não só pela exposição ao crescimento de ataques informáticos, mas também pela necessidade de compliance com as normas DORA e NIS2”. Assim, “muitas empresas têm adotado tecnologias de zero-trust, sistemas de deteção de intrusão e encriptação, imutabilidade nas copias dos dados e finalmente cópias e em modo desconectado air gap”.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext, pela HPE e pela TD Synnex |