Maria Beatriz Fernandes em 2022-9-27
A consultora tecnológica foca-se e investe regularmente em frameworks e processos internos que promovem a cultura de inovação, de colaboração, alinhamento e agilidade do negócio
Paulo Lopes, CEO & Senior Partner da Xpand IT
Quem/quando/como/o quêFoi há vinte anos, em 2003, que a Xpand IT nasceu. Fundada por Marco Oliveira e Pedro Gonçalves, a consultora portuguesa especializou- se na engenharia e desenvolvimento de software, focada em criar soluções tecnológicas adaptadas aos clientes e Parceiros com um “elevado nível de especialização, inovação e excelência recorrendo a tecnologias disruptivas e de vanguarda”, indica a empresa. Depois de aumentarem o número de colaboradores em 13% em 2021 – atualmente, contam com mais de 320 colaboradores –, já dispõem de mais de 30 vagas em aberto. Com o objetivo de fazer face ao crescente número de projetos, pretendem contratar 150 pessoas ao longo de 2022 e, no próximo ano, 200, sensivelmente. Tendo em vista potenciar a flexibilidade e o equilíbrio entre a vida pessoal e laboral, a Xpand IT, que possui escritórios em Lisboa, Braga e Viana do Castelo, adotou, em 2022, um modelo de trabalho personalizado de acordo com a natureza da contratação e a localização do colaborador. Presentes em mais de 30 países e com mais de 340 clientes na área de serviços, a Xpand IT mantém Parcerias estratégicas com empresas como a Atlassian, Cloudera, Conf luent, Salesforce, WSO2, ou, ainda, a Microsoft, que atribuiu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de Parceiro do Ano no mercado português à consultora. Do seu portfólio, o maior crescimento tem sido nos segmentos relacionados com dados – com projetos que vão desde a gestão e armazenamento de grandes volumes de dados à espetiva análise e recolha de informação –, e com customer facing apps, na implementação de soluções como aplicações móveis ou portais – nomeadamente projetos digitais, de aplicações cujo objetivo é chegar ao consumidor final ou melhorar os processos internos das empresas. Porquê?O principal objetivo da Xpand IT é criar valor através da “implementação de projetos de transformação digital de elevada complexidade. Acreditamos que a excelência e a qualidade são fatores de diferenciação, sendo que é imperativo para nós estarmos na vanguarda de soluções tecnológicas”, afirma Paulo Lopes, CEO & Senior Partner da Xpand IT. É neste sentido que a consultora se foca e investe, de forma constante e transversal à organização, em frameworks e processos internos que promovem a cultura de inovação, de colaboração, alinhamento e agilidade do negócio, refere o responsável. “A procura constante por novas abordagens está no nosso ADN e isso tem sido um fator-chave que nos tem permitido destacar no mercado”, reitera. Há dez anos que a Xpand IT conta com taxas de crescimento que variam entre os 25% e os 50%, anualmente, e, segundo o CEO, “2022 não será diferente”, perspetivando um fecho do ano a rondar os 23 milhões de euros. Agora, a Xpand IT acredita estar preparada para alavancar o crescimento através da internacionalização. Três anos depois de nascer, a empresa começou a exportar os serviços e em 2015 abriu a primeira subsidiária no Reino Unido. Atualmente, estão também presentes na Suécia e na Croácia. “Estamos a avaliar a possibilidade de escalar toda a nossa oferta com a abertura de mais mercados”, esclarece Paulo Lopes. E agora?O CEO da Xpand IT destaca a expansão a nível europeu como o principal driver estratégico, com a abertura de novas subsidiárias e “apostando na contratação de estrutura local (com equipa técnica e equipa de gestão)”, não descurando, contudo, na aposta em Portugal. “O mercado português é um mercado dinâmico em termos de projetos de transformação digital”, reflete o responsável da Xpand IT. Mas dos “inúmeros desafios apresentados ao setor das TIC em Portugal”, Paulo Lopes destaca a “escassez de recursos humanos qualificados no mercado” para fazer face à procura pelo digital, “sobretudo no último ano, com a globalização e democratização do trabalho remoto”. O Senior Partner da Xpand IT completa, dizendo que as inúmeras iniciativas desenvolvidas neste âmbito são “claramente, insuficientes para as necessidades atuais”, levando a que uma maior “pressão” recaia sobre as empresas portuguesas que, nos próximos anos, “terão de encontrar novas formas de atrair e reter talento”. |