André Ribeiro, Data Center Sales Engineer da Schneider Electric em 2023-3-17
Atualmente, organizações de todos os tipos e dimensões enfrentam um dilema de sustentabilidade: ao mesmo tempo que tentam reduzir a sua pegada de carbono, estão a adotar tecnologia de Edge Computing em ambientes distribuídos ou de proximidade, o que inevitavelmente aumenta o consumo de energia
As organizações estão a implementar, de forma acelerada, equipamentos e soluções em salas de servidores e Micro Data Centers para armazenar, analisar e transmitir dados ao núcleo – e isto aumenta a utilização de energia. Um relatório da 451 Research encomendado pela Schneider Electric estimou que os ambientes de Edge utilizaram 140 terawatts-hora em 2021. Para além disso, as nossas projeções estimam que o consumo de energia dos Data Centers subirá para 2.700 terawatts- -hora até 2040, 60% do qual em localizações distribuídas ou de proximidade; e quem mais irá contribuir para este aumento é a IoT e as aplicações 5G. Praticamente todas as empresas inquiridas concordam que a sua infraestrutura de TI precisa de se tornar mais sustentável, e é por isso que têm ou planeiam ter programas de sustentabilidade dentro de um ano, tanto para os Data Centers centrais como para localizações Edge. A lacuna nas ações de sustentabilidade
Apesar das boas intenções, o estudo encontrou uma lacuna entre a realidade e a perceção na implementação de medidas de sustentabilidade. Quase metade dos inquiridos acredita que os seus programas de sustentabilidade são mais avançados do que realmente são; e mais de metade está apenas a dar-lhes início ou tem iniciativas limitadas em curso. A questão mais significativa para as empresas é otimizar a utilização de energia; e outro desafio essencial é recolher dados e métricas consistentes. Como não podemos mudar o que não podemos medir, o relatório destaca que o software é fundamental para recolher e analisar dados que possam dar suporte a métricas. As empresas podem necessitar de soluções de Gestão de Infraestruturas de Data Center (DCIM) e software de gestão ESG (ambiental, social e de governance) ou ESM (gestão de sustentabilidade ambiental) para o conseguir. Outra questão importante é a falta de recursos qualificados com conhecimentos para abordar os objetivos de sustentabilidade. Isto tem especial relevo em empresas mais pequenas, com menos colaboradores e sem os recursos necessários para cumprir integralmente os programas de sustentabilidade. As principais conclusões do relatórioA questão que se coloca é: o que está a impulsionar os esforços de sustentabilidade entre os decisores de TI? O valor empresarial, mencionado por 40% dos entrevistados, é relevante – pois geralmente os esforços de sustentabilidade traduzem-se em poupanças de custos e mais eficiência. A segunda razão é uma “preocupação geral com a sustentabilidade e a responsabilidade social”, seguida de “resiliência operacional a longo prazo”. De forma geral, as organizações maiores estão mais avançadas nos programas de sustenta bilidade, para além de estarem a consolidar mais ações neles, particularmente em relação à utilização de energia, resíduos e carbono incorporado. Os equipamentos de TI estão entre os fatores que mais impactam a sustentabilidade em localizações Edge, seguidos da infraestrutura física e das fontes de energia. Assim, os esforços de sustentabilidade devem incluir selecionar soluções de infraestrutura de TI que ajudem a reduzir a utilização de energia e as emissões. Quando questionados sobre como selecionam equipamentos/soluções para as localizações distribuídas ou de proximidade, os entrevistados dizem priorizar fiabilidade, eficiência energética e segurança. Também consideram importante que os fornecedores ofereçam soluções que melhorem a eficiência operacional, dados ambientais dos produtos e ferramentas para monitorizar e gerir o seu consumo de energia. O relatório destaca ainda que os fornecedores de serviços podem ajudar empresas de todas as dimensões nas suas jornadas de sustentabilidade através da oferta das ferramentas e soluções adequadas. Muitas precisam de ajuda para colmatar a lacuna, principalmente as mais pequenas, que não têm com uma equipa especializada em sustentabilidade e carecem de ferramentas e soluções.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e Schneider Electric |