2016-11-09

EVENTOS

Web Summit: Every country will be digital

John Chambers, Chairman da Cisco veio a Lisboa transmitir a visão do fabricante sobre a transformação digital, não só ao nível das empresas, mas também ao nível dos países

Web Summit: Every country will be digital

John Chambers, Chairman da Cisco, um republicano com um pensamento muito democrata do papel do estado na transformação digital.

Não é uma visão inteiramente nova, conhecemos esta linha de pensamento da Cisco, aliás compartilhada posteriormente pela maioria da industria IT, possivelmente uma visão demasiado otimista quando no mesmo central stage se discutiu no painel seguinte os custos sociais da digitalização, e o facto de parte da população dos países desenvolvidos ter a prazo que lidar com uma sub ocupação laboral, e os estados terem de criar sistemas de redistribuição do produto gerado não necessariamente baseados no trabalho de cada pessoa.

Mas isso não retira validade a mensagem central que é absolutamente verdadeira; a digitalização é um tema de competividade onde quem ficar para traz perde em todas as frentes.

Se conhecemos essa análise ao nível empresarial, John Chambers elevou a fasquia ao colocar o desafiu ao nível das comunidades, cidades e países.

A agenda digital passa assim para uma responsabilidade pública como a única forma de produzir uma alteração significativa no crescimento do PIB, de acordo com a Cisco que refere o esforço público na Índia, e os seus resultados robustos no crescimento económico.

A Agenda digital, para nós europeus, é um tema pré-crise financeira, mas na maioria dos países com restrições orçamentais passou, com o restante investimento público, para a lista dos temas adiados.

John Chambers pega no exemplo de França, e da agenda digital recentemente recuperada pelo Presidente Hollande como a via para os gauleses saírem da estagnação económica referindo que os resultados já estão a aparecer, tendo este país liderado o investimento europeu em ventures capital no primeiro semestre de 2016.

Em dia de eleições nos Estados Unidos, a jornalista de serviço colocou a questão que cada vez mais está na ordem do dia: o que fazer com os cidadãos que estão a ficar para traz na digitalização e que em grande medida explicam fenómenos como Brexit ou Donald Trump?

E na verdade a pergunta não tem uma resposta simples. John Chambers (que se afirma como um republicano que pela primeira vez na vida votou azul) aponta para a educação e a formação profissional como a única forma de tornar os cidadãos aptos para enfrentar esta disrupção. E para os republicanos aponta caminhos bem mais intervencionistas (pensamento mais habitual no lado dos  democratas) dos estados na responsabilidade  de liderar a formação dos seus cidadãos no mundo digital, como cursos profissionais em network gratuitos, e outras iniciativas de inclusão dos cidadãos menos preparados.

Chambers espera que Hillary termine o trabalho iniciado nos anos 90 pelo seu marido Bill, e construa a primeira agenda digital para o povo americano como forma de incluir a metade da América revoltada e excluída das novas oportunidades para dentro da transformação digital, como a única forma de coesão social e reunificação do país. 
 

Original de IT Insight

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