2014-4-24

A FUNDO

Zurich identifica sete riscos cibernéticos que ameaçam choque sistémico

Estudo da Zurich alerta que as organizações devem melhorar sua resposta a riscos cibernéticos para evitar um choque global semelhante à crise financeira de 2008. O relatório revela que nem mesmo os profissionais de segurança cibernética estão certos sobre como uma falha de uma organização ou tecnologia poderia desenvolver um risco sistémico

Zurich identifica sete riscos cibernéticos que ameaçam choque sistémico

O Relatório de Riscos Cibernéticos da Zurich, elaborado em colaboração com o Atlantic Council – um think tank internacional – argumenta que os profissionais de gestão de riscos cibernéticos não se devem limitar a observar as suas proteções internas de tecnologia da informação e devem compreender os riscos que podem afetar colaboradores, fornecedores, cadeias de abastecimento, tecnologias disruptivas, infraestruturas e choques externos.

A Zurich alerta que o aumento desses riscos pode criar uma falha em escala semelhante à crise financeira de 2008. Tais riscos interligados são agravados quando uma empresa externaliza a gestão dos seus servidores, da tecnologia da informação e da segurança cibernética, para dar prioridade às suas atividades principais. Pouco se sabe sobre a gestão e salvaguarda da informação por terceiros, que, por sua vez, podem externalizar atividades para outras empresas.

O relatório sugere que as organizações incorporem as melhores ideias da gestão corporativa, como, por exemplo, a criação de um Conselho de Estabilidade Cibernética G20+20 para aperfeiçoar a gestão de riscos cibernéticos e identificar e melhorar a gestão das G-SIIOs (Organizações de Internet Globais de Significativa Importância).

Axel Lehmann, Chief Risk Officer do Grupo Zurich, declarou: “A Internet é o sistema mais complexo de todos os tempos que a humanidade já criou. Apesar de se ter mantido extremamente resiliente nas últimas décadas, o risco reside na complexidade daquilo que tornou o ciberespaço relativamente livre de riscos, e isso pode ter – e provavelmente terá – o efeito contrário.”

“As organizações estão involuntariamente expostas a riscos externos, tendo-se externalizado, interligado ou exposto a um incompreensível, e cada vez mais complexo, entrelaçamento de redes.”

O relatório identifica os sete riscos interligados:
- Risco associado ao conjunto acumulado da TI (maior parte interna) de uma organização;
- Risco de dependência ou interconexão direta (geralmente não contratual) com uma organização externa;
- Risco proveniente da relação contratual com prestadores de serviços de RH, jurídico ou de TI e fornecedor da cloud;
- Riscos para as cadeias de fornecimento do setor de TI e riscos cibernéticos para cadeias de abastecimento tradicionais e logística;
- Riscos dos efeitos invisíveis das disrupções, quer provenientes das novas tecnologias ou daquelas que já existem, mesmo que pouco conhecidas;
- Riscos das disrupções de infraestrutura nas quais economias e sociedades confiam, especialmente aquelas relacionadas à eletricidade, finanças, sistemas e telecomunicações;
- Riscos de incidentes fora do sistema, fora do controle da maioria das organizações e com grandes hipóteses de efeitos em cadeia.

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