2015-7-23

SEGURANÇA

Maioria dos utilizadores dispensam passwords e querem autenticações mais seguras

A maioria dos utilizadores consideram os usernames e passwords incómodos e pouco seguros, demonstrando interesse em alternativas mais fiáveis, nomeadamente tecnologias biométricas, que garantam a sua privacidade na Internet, de acordo com o que revela um estudo da Accenture.

Maioria dos utilizadores dispensam passwords e querem autenticações mais seguras

A pesquisa baseou-se num inquérito realizado junto de 24 mil consumidores oriundos dos seis continentes (24 países), intitulada “Digital Trust in the IoT Era”, e revela que 60% dos consumidores consideram os usernames e passwords desconfortáveis, e que mais de três quartos (77%) estão interessados em utilizar alternativas que os protejam online.
 
“A prática generalizada de escrever usernames e passwords para aceder a conteúdos na Internet, pode em breve tornar-se obsoleta”, alerta Robin Murdoch, managing director da Accenture na área de Internet e Social Business. “Os consumidores estão cada vez mais frustrados com estes métodos tradicionais que se estão a tornar cada vez menos confiáveis para proteger os seus dados pessoais como emails, números de telefone e histórico de compras.”
 
O estudo revela que os utilizadores da China e da Índia são os mais predispostos a novas opções, com 92% e 84%, respetivamente. Mais de três quartos (78%) dos consumidores no Brasil, México e Suécia, e 74% nos Estados Unidos, estão também recetivos a considerar meios de segurança alternativos.
 
“Com os hackers a utilizarem métodos mais sofisticados e menos óbvios, as passwords já não são vistas como uma resposta definitiva a questões da segurança”, afirma o executivo da Accenture. “As passwords tradicionais estão agora a ser substituídas por tecnologias biométricas como o reconhecimento de impressão digital e dispositivos de dupla verificação. Nos próximos anos veremos provavelmente ainda mais consumidores a aderir a estes e outros meios alternativos.”
 
O inquérito revelou ainda que menos de metade dos consumidores a nível global (46%) está confiante na segurança dos seus dados pessoais. Os consumidores de países emergentes mostraram-se um pouco mais confiantes na segurança dos seus dados do que os provenientes de países desenvolvidos, com 50% e 42%, respetivamente.
 
“Em países desenvolvidos e em país emergentes, a prudência dos consumidores sobre a privacidade de dados está a intensificar-se à medida que o mercado da Internet of Things gera quantidades sem precedentes de dados e num maior número de dispositivos”, afirma Murdoch, que salienta a importância de uma relação de confiança estabelecida junto dos consumidores. As empresas que o conseguirem, diz, “vão conseguir aceder a mais dados, utilizar capacidade analíticas para desbloquear mais valor desses dados, e oferecer mais serviços geradores de receitas e aplicações que alavanquem oportunidades na economia digital”.
 

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