Sandra Silva, Business Unit Manager HPE & Nutanix na TD Synnex Portugal em 2023-6-05

OPINIÃO

Software-as-a-Service: a versatilidade de um modelo flexível, rentável e seguro

A crescente digitalização que temos vindo a presenciar ao longo dos últimos anos (diria até que de forma ainda mais acelerada e “disseminada” desde a pandemia) veio em muito facilitar a gestão do dia-a-dia e atividade das empresas que, na verdade, conseguem atingir elevados níveis de otimização e competitividade, graças às diversas soluções tecnológicas então implementadas

Software-as-a-Service: a versatilidade de um modelo flexível, rentável e seguro

Sandra Silva, Business Unit Manager HPE & Nutanix na TD Synnex Portugal

A inovação e a busca por ferramentas que garantam mais eficiência, sem perder o foco na questão da rentabilidade, não abranda e vemos cada vez mais métodos e modelos tradicionais serem convertidos com a tecnologia, traduzindo-se isto – e é assim que é expetável - numa diminuição significativa dos custos.

E aqui vou debruçar-me sobre um conceito que, apesar de não ser novo, pela clara vantagem competitiva que oferece, continua a merecer destaque: o Software-as-a-Service ou SaaS. 

Esta é uma mudança não diria radical, pois já se fala disto há mais de dez anos, mas é uma mudança do paradigma da venda tradicional de infraestruturas, software e plataformas que, só por isso, vale a pena o foco. 

Na verdade, este tipo de serviço existe há já algum tempo nas mais diferentes áreas do mercado e, como não podia deixar de ser, também pode ser aplicado às tecnologias de informação, havendo aliás cada vez mais empresas a converter grande parte do seu negócio para o SaaS. 

Olhando para os principais benefícios deste tipo de modelo, apontaria no imediato para além da agilidade, flexibilidade, previsibilidade e otimização de custos e recursos, um outro de igual ou maior relevância e que não pode ser relegado: a elevada taxa de fidelização dos clientes perante este serviço. 

Como é sabido, a cloud pode ser privada, pública ou híbrida, e este “hibrido” significa que pode ser simultaneamente privada ou pública, mediante as necessidades e criticidade dos workloads que os clientes/empresas têm.

Habitualmente, pagamos todos os meses por um serviço, não sabendo o que está por trás em termos de infraestruturas. Na cloud pública, por exemplo, é-nos oferecida a garantia de um determinado nível de serviço e não há paragens, quer consumamos mais ou menos. Já na chamada venda tradicional, há situações de paragem que obrigam a retomar o nível de serviço mais tarde. Ora, com o SaaS isto não acontece, uma vez que os hyperscalers garantem um nível de serviço sempre acima daquilo que é a media dos consumos mensais do cliente, ou seja, paga-se somente aquilo que é usado. O que significa que se pode usufruir do serviço, sem se preocupar com o tipo de equipamentos que são utilizados.

Para além disso, a cloud híbrida tem a vantagem de oferecer aos clientes a possibilidade de poderem guardar informações críticas. E este é um ponto importante, pois há empresas que, por questões de alta confidencialidade, não querem ter determinada informação na cloud pública e a cloud híbrida pode ter essa componente de cloud privada, assegurando assim ao cliente que os seus dados críticos ficam guardados dentro da sua casa.

Por fim, outro aspeto a referir é a modalidade de investimento (CapEx ou OpEx) ou seja, se é despesa de capital ou custo operacional/investimento, e a verdade é que este tipo de serviço tanto pode ser reconhecido como CapEx ou como OpEx.

Em suma, penso que não só o presente, mas também o futuro vai passar inevitavelmente pelo SaaS, já que naturalmente vamos, cada vez mais, deixar de ser proprietários, deixar de investir mais do que o necessário, deixar de sobre dimensionar reais necessidades e cingir-nos unicamente àquilo que de facto vamos dar uso.

Defendo que não devemos ficar somente pelo “atulhar” das agendas de conferências ou colóquios com temas em voga ligados à importância da sustentabilidade, preservação dos recursos naturais e impacto das energias renováveis… há que pôr em prática e participar ativamente pois só assim, com a contribuição de todos, vamos conseguir diminuir o tão badalado impacto nocivo do homem no ambiente. E, se a opção pelo SaaS, a par de todas as outras vantagens acima referidas é também uma forma de diminuir a nossa pegada ecológica e gerar valor a longo prazo, então porque não? 

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