Sérgio Azevedo, Managing Director da Streamroad Consulting em 2021-2-18

OPINIÃO

Marketing & Vendas

As pessoas são o futuro das nossas empresas

Ao longo dos vários artigos tenho abordado muitos temas de importância para o marketing e vendas, mas apercebo-me que nunca falei daquilo que é realmente o mais importante: as pessoas

As pessoas são o futuro das nossas empresas

Creio que é indisputável que as pessoas são o maior ativo de qualquer empresa e nos departamentos vendas e marketing este facto é ainda mais evidente, porque, afinal, são os profissionais destas áreas o veículo de ligação entre os produtos, soluções e serviços que a empresa oferece aos seus clientes.

Ou seja, são eles que transportam as ideias de marketing e as ofertas comerciais aos clientes, o que, naturalmente, conduz aos resultados pretendidos: o aumento das receitas e da penetração no mercado. A sua principal função é aumentar as vendas de uma marca ou empresa com o uso dos seus conhecimentos e desenvolvimento de estratégias para atrair e reter o cliente.

Estes profissionais são criativos, focados, comunicativos e, principalmente, estrategas: sempre de olho nas novas tendências da área, acompanham minuciosamente as mudanças no mercado para melhorar a estratégia de vendas da empresa.

E por isso todo o tempo que dediquemos à gestão, formação e acompanhamento das nossas equipas de marketing e vendas é sempre bem investido, porque quanto mais o fizermos, mais as transformamos em equipas de alto desempenho. Falo de equipas com características valiosas: são altamente produtivas e motivadas, contam com grande capacidade de execução e know-how acima da média, e possuem um conhecimento sobre a organização que lhes permite desenvolver com sucesso a sua estratégia.

Promover o bem-estar em tempos de crise

Embora seja evidente, pelo que foquei anteriormente, que o capital humano é o ativo mais importante das empresas, a verdade é que, nos últimos tempos, muitos profissionais viram-se perante o desafio de ter que conciliar a sua vida profissional e familiar, bem como de enfrentar as consequências do confinamento, o stress e o caos geral que a pandemia produziu a todos os níveis.

As empresas devem, como tal, ter em conta esta nova realidade, adaptando-se e comprometendo- se com os seus colaboradores, trabalhando em políticas de inclusão, bem-estar e diversidade que possam amenizar essa situação e favorecer a produtividade e o bem-estar das suas equipas. Os desafios que esta crise gerou evidenciam, de facto, a importância de uma resposta por parte das empresas, em diferentes frentes, às necessidades dos seus profissionais.

A ansiedade e a incerteza nas equipas, sobretudo as mais críticas para a sustentabilidade das empresas – como é o caso do marketing e principalmente das vendas - podem ser reduzidas através de um plano de execução correto da área de recursos humanos, que deve incluir uma metodologia que compreenda plenamente as necessidades dos diferentes grupos e ajude o profissional a conciliar da melhor forma o seu trabalho, as suas responsabilidades pessoais e familiares.

Quem não tem isto em mente, quem não está atento às necessidades das pessoas que trabalham consigo, não só cria ambientes de hostilidade no trabalho, como faz com que a sua empresa não cresça. Podem ter as maiores ferramentas, ser extremamente criativas e até avançadas do ponto de vista tecnológico, mas sem pessoas motivadas, reconhecidas e produtivas, o negócio não prospera.

Isto porque quando a empresa valoriza o indivíduo, proporcionando um ambiente saudável, distante da rotatividade que amedronta e gera incerteza, a produtividade é maior e a qualidade dos produtos e serviços é melhor. E uma maior produtividade e melhor qualidade dos produtos e serviços conduz a um nível mais elevado na satisfação dos clientes.

Em resumo

O que têm as empresas em dificuldade, independentemente do seu setor e natureza, em comum? Vivem geralmente num ambiente onde prolifera a angústia e a ansiedade, o stress e a improdutividade, a perda de tempo e de foco. Nenhum destes problemas surge do nada. Pelo contrário, todos começam na forma de falta de reconhecimento, motivação e sinergia, com ruídos na comunicação e com gestores desintegrados das suas equipas.

Estes fatores têm um impacto direto nos resultados e são fruto da falta de preparação dos líderes da empresa em gerar relações humanas, tanto entre si como até por vezes com os seus próprios clientes. Vivemos tempos turbulentos e devemos estar à altura da situação - não nos esqueçamos que as pessoas são o presente e o futuro das nossas empresas!

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