2015-8-25

NEGÓCIOS

Tecnologia criou mais empregos do que aqueles que destruiu

Um novo estudo da Deloitte assegura que os empregos criados pela tecnologia superam os que foram destruídos, com benefício claro para todos os que encontram oportunidades de emprego nas TI. Mas será que tecnologias como a Cloud e tendências como o mobile ameaçam reverter esta situação?

Tecnologia criou mais empregos do que aqueles que destruiu

É, desde sempre, a grande questão: a tecnologia cria ou destrói empregos? Os analistas do mais recente estudo da Deloitte indicam que, de acordo com os resultados da sua investigação, a proliferação da tecnologia cria novas vagas de categorias de emprego, ao mesmo ritmo alucinante com que os destrói. Apesar de ter incidido sobre o Reino Unido, as suas conclusões estão em linha com as tendências verificadas no mercado de trabalho ao nível da criação de novos empregos, e apontam que, desde 1992, computação e serviços de assistência médica foram as duas áreas que mais postos de trabalho criaram. Em concreto, a profissão de "gestor de TI e acima" cresceu 195%.

Isto pode significar que as profissões abaixo da gestão de TI têm sofrido algumas alterações. E é provável que continuem a sofrer, tendo em conta que a automação dos datacenters têm vindo a reduzir o número de profissionais necessários para agendamento e provisionamento de aplicações, por exemplo, e que a própria Cloud está a disponibilizar as aplicações como um serviço, eliminando a necessidade de construir e integrar funcionalidades in house.

Ou seja, os ofícios de TI relacionados com o trabalho mais estrutural, como por exemplo a gestão do armazenamento e das redes, têm vindo a ser substituídos por outro tipo de tarefas mais complexas (como do domínio da arquitetura, por exemplo).

Mas, afinal, como é que a tecnologia criou mais empregos do que destruiu? Segundo o relatório da Deloitte, à medida que as tecnologias emergem, criam oportunidades, citando o crescimento da indústria telefónica há algumas décadas, que criou uma grande procura por instaladores de linhas, por exemplo. Pensemos nas TI e o mesmo se verifica: por mais automatizada que seja uma função, continuarão a ser necessários developers e especialistas que desenvolvam software relevante, sem o qual nada funciona.

Por outro lado, existe um benefício menos direto, mas igualmente importante, associado à tecnologia, e que o estudo da Deloitte não deixa de focar: “O progresso tecnológico permite que os consumidores satisfaçam necessidades básicas a um menor custo, o que lhes dá a oportunidade de gastar mais em bens e serviços que não são de primeira necessidade”, sublinham os autores. Um facto que, em si, contribui de forma indireta para o aumento da procura e do emprego.

E o mesmo é válido para as próprias TI: as empresas de hoje precisam cada vez mais de profissionais que as ajudem a posicionar-se de uma forma inteligente no complexo universo digital, o que criará uma procura por profissionais que exibam novas e cada vez mais sofisticadas aptidões.

 

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