Quase metade dos colaboradores recorre a IA generativa para adquirir novas habilidades

De acordo com um novo estudo, 81% dos decisores de RH referem que já recorreram ou vão recorrer à inteligência artificial generativa como método de formação dos colaboradores

A Cegoc divulgou os resultados do seu estudo internacional, destacando que 44% dos trabalhadores afirmam já utilizar a Inteligência Artificial (IA) generativa para adquirir novas competências, sendo que em Portugal esse número aumenta para 49%.

De acordo com o estudo, os gestores de Recursos Humanos (RH) destacaram a IA e os dados (63%) como as competências que terão mais impacto nas habilidades dos colaboradores nos próximos anos. Portugal registou o valor mais baixo entre os nove países inquiridos, com 50%.

32% dos trabalhadores referem estar envolvidos no desenvolvimento das suas competências, enquanto 76% antecipa uma mudança no conteúdo do seu trabalho e 27% considera que já não têm, ou vão deixar de ter, as competências necessárias.

Os departamentos de RH estão a priorizar o desenvolvimento das habilidades dos trabalhadores em suas posições atuais (62%) e o recrutamento de novos perfis (59%). Eles consideram que os principais desafios da transformação tecnológica são as competências digitais (43%), com Portugal registando um valor de 65% em relação às competências digitais dos colaboradores.

A maioria dos departamentos de RH considera que suas empresas são ágeis na resposta ao desafio do ‘tempo até à competência’, com uma pontuação média global de 7,2/10. No entanto, Portugal regista um dos valores mais baixos, com 6,55.

Quase metade (43%) dos colaboradores considera que as respostas de formação oferecidas pelas empresas chegam com várias semanas ou até meses de atraso após manifestarem interesse.

Atualmente, a formação à distância representa 46% dos cursos de formação, sendo a formação síncrona o método mais utilizado (57%). O e-coaching tem vindo a aumentar, com 49% dos gestores de RH a utilizá-lo ou a planejar utilizá-lo no futuro próximo. Além disso, os trabalhadores esperam que os programas de formação deem prioridade a situações reais do local de trabalho (52%), sejam mais interativos e divertidos (42%) e mais personalizados (38%).

Uma das últimas conclusões do estudo mostra que 81% dos líderes de RH já utilizaram ou planeiam utilizar a IA generativa como parte dos seus métodos de formação, especialmente no setor privado (82%) e em empresas com 500 a 1.999 trabalhadores (86%).