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Larry Elison anunciou a sua intenção de deixar o cargo de CEO da Oracle, onde deverá permanecer na posição não executiva de Chairman.
Nascido em Nova Yorque em 1944, Larry Ellison compartilha um facto biográfico curioso com outro monstro das TI, Steve Jobs: ambos foram crianças adoptadas, mas ao contrário deste, Larry acabou a sua educação formal em Chicago, tendo depois rumado à Califórnia onde, oito anos depois, fundou com um colega de trabalho a empresa que daria origem à Oracle em 1979.
A empresa especialista em Base de Dados Relacionais e Software Empresarial conheceu um desenvolvimento extraordinário na década de 80, com o microcomputador e informatização generalizada a todos os departamentos governamentais, da banca e seguros, das grandes indústrias e do grande retalho, tendo na altura por principal adversário a bem instalada e tradicional IBM, as suas mainframes e a BD2.
Foi nesta rivalidade com a “Big Blue” - e mais tarde com a Microsoft de Bill Gates - que Larry desenvolveu aquela excentricidade de carácter como marca diferenciadora face ao status quo cinzento que existia no mundo das TI nas grandes organizações.
Um estilo de vida milionário com algo de excêntrico e uma paixão pela cultura tradicional nipónica, mas sobretudo as suas frequentes afirmações “cáusticas”, nomeadamente face aos concorrentes, são algo que ficará ligado à imagem de Larry Elison à frente da Oracle.
Durante 35 anos a Oracle fez um conjunto de aquisições, mas foi a compra, em 2010, do fabricante de servidores Sun Microsystems - dona do Java e autora do MySQL - o mais emblemático movimento estratégico de Larry Ellison.
Aos 70 anos, Larry deixa o “leme” da Oracle num bom momento da companhia, que vale em bolsa 180 biliões de dólares (a 4º empresa mais valiosa depois da Apple, Microsoft e IBM ), factura 38 biliões e tem lucros anuais (net income) de 11 biliões de dólares.
Ellison construiu uma das mais bem-sucedidas empresas de TI, mas não atingiu o seu objectivo pessoal declarado: ultrapassar a Microsoft no sector corporativo e empresarial.
O mercado não gostou do anúncio da sua "reforma" e as acções cairam 5% na passada sexta-feira.
Nesta nova etapa da Oracle, os desafios serão outros, e a concorrência é mais difusa e numerosa do que aquela que Larry Elison enfrentou.
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Algumas das declarações de Larry Ellison;
- “They don’t call it the Internet anymore, they call it cloud computing. I’m no longer resisting the name. Call it what you want”
-“To model yourself after Steve Jobs is like, I’d like to paint like Picasso, what should I do? Should I use more red? ”
-“Bill Gates wants people to think he’s Edison, when he’s really Rockefeller.”
-“It’s surreal to think that I own this beautiful island. It doesn’t feel like anyone can own Lanai. What it feels like to me is this really cool 21st-century engineering project, where I get to work with the people of Lanai to create a prosperous and sustainable Eden in the Pacific.”
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