João Cunha, Software Business Unit Manager & Cloud Lead, Tech Data Portugal em 2020-12-30

CLOUD

Advertorial

A cloud, a pandemia e depois?

A Cloud continua a ser um grande desafio para as empresas e para os seus recursos humanos e tecnológicos, independentemente da sua área de atuação

A cloud, a pandemia e depois?

João Cunha, Software Business Unit Manager & Cloud Lead, Tech Data Portugal

No entanto, vejo talvez um maior dilema para aquelas que atuam na área das TI, pois são empresas que já têm o seu propósito criado, sabem bem quais as suas valências e, num ímpeto, a cloud vem como que “abanar” a estrutura já existente, tornando obrigatório o repensar tudo. Com o risco vem a oportunidade, qualquer disrupção àquilo que está instituído é um risco, temos empresas que continuam a olhar para a cloud com algum ceticismo, outras a aproveitar a oportunidade e ainda as “born in the cloud” e start ups – a nascer (por vezes) fruto da ineficiência das empresas que já estão no mercado.

Olhando numa perspetiva do Canal de empresas de TI (ISV’s, SI’s, MSP’s, VAR’s, etc), a transformação para a cloud teve um primeiro movimento pela via do software alavancado pelas soluções de produtividade e colaboração (SaaS). Mal sabíamos nós o quão este era o movimento acertado. Tratou-se de uma transição que podemos considerar pacífica, pois a grande disrupção estava mais no modelo comercial / financeiro com a introdução do pay-as-you-go do que propriamente na dificuldade de implementação e requisitos de conhecimentos ao nível dos recursos. Ainda assim, este novo modelo veio levantar questões ao nível de gestão, nomeadamente no que se refere ao desafio de passar de um negócio de aquisição (CapEx), para um modelo de subscrição (OpEx). Este último mais do que um modelo de recorrência e de relação continuada, confronta com o modelo mais transacional, onde a continuidade da relação comercial mais dificilmente será recorrente ou duradora, de uma forma simplista ter resultados no imediato sem garante de futuro ou apostar na continuidade e na relação. Seja pela decisão estratégica das empresas, seja pela pressão do mercado que assim o exigiu, esta transformação fez-se, já com poucos resistentes.

Um movimento que deveria ter acontecido e acompanhado foi o da transformação digital na vertente da infraestrutura… não aconteceu, pelo menos à mesma velocidade. Digamos que tem vindo a acontecer a velocidades muito diferentes, consoante a tipologia de Parceiros assim como dos respetivos clientes. Aqui, o desafio é bastante diferente do anterior, pois é ainda mais afetado pela questão de desafio de gestão e de finanças, sendo que a meu ver a questão de fundo está no requisito de mudar realmente a estratégia, repensar e adaptar o negócio, decidir onde investir, avaliar os recursos existentes, ou seja um número infindável de questões desafiantes que têm maioritariamente sido adiadas e que, até agora, o próprio mercado não fez a devida pressão, pois é uma área que requer mais conhecimentos (tem maiores investimentos feitos que têm de ser rentabilizados / amortizados), e por isso é expetável que sejam as empresas de TI a sugerirem e a provocarem esta transformação. Tudo isto tem levado a uma inércia no mercado e a uma velocidade bastante mais lenta na transformação.

Obviamente que as exceções existem tanto ao nível das empresas de TI como do próprio mercado, mas no espaço das pequenas e médias empresas este é o cenário, uma transição lenta para a cloud (ainda assim, o funcionamento não é posto em questão, só a evolução).

E, de repente, temos uma pandemia, para além dos sobejamente conhecidos danos sociais, pessoais, económicos e outros que ainda não nos apercebemos, temos uma revolução que obriga as pessoas a pararem ou, os mais sortudos, a terem a possibilidade de darem continuidade ao seu trabalho de uma forma remota, a partir das suas casas. A pressão sobre as soluções de trabalho remoto, a necessidade de acesso às aplicações necessárias localizadas nos servidores on prem essenciais para o desempenho, isto tem o lado positivo de termos as TI’s com uma oportunidade de prestar os seus serviços em benefício da economia, mas com desafios gigantes para todos.

É fundamental incorporar esta lição e criar uma aprendizagem de adaptação, pois os desafios vão continuar ou mesmo multiplicar-se, outras pandemias, intempéries, alterações de hábitos de consumo (a constante mudança é o novo normal), vão requerer adaptações e quem melhor o fizer, maior garante de sobrevivência (lei de Darwin, não sobrevive o mais forte, mas o que melhor se adapta às condições). A cloud, hoje, tem de inevitavelmente estar na base da solução, com as suas vantagens de agilização do time to market, escala, elasticidade, adaptação, mobilidade.

É importante que as próprias organizações analisem continuamente onde querem estar dentro da cloud e como se querem diferenciar, e o que têm de fazer para o conseguir. Questões como a especialização, a criação do seu próprio IP, a disponibilização de serviços profissionais, de serviços geridos, disponibilizar suporte contínuo, são pontos críticos por forma a continuarem a ser relevantes junto dos seus clientes e no próprio mercado. É sabido que é complexo, que é difícil e desafiante, mas o segredo está nas Parcerias, num mundo tão vasto de oportunidades como é a cloud. E este fator é fundamental, sendo que este ponto leva ao propósito da Tech Data, que é ajudar os nossos Parceiros a conseguir encontrar o seu caminho e ajudá-los em todo o processo, disponibilizando todas as ferramentas necessárias, independentemente da dimensão ou da fase em que estão no processo, desde a avaliação, à capacitação, à entrega de serviços, de soluções ou de suporte.

Resumindo, é obvio que passada a pandemia vamos ter um novo normal, um depois, e não há dúvida que temos de estar preparados para ele, já.

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Tech Data

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