2017-9-26

A FUNDO

Contornos da mobilidade moderna

Que a mobilidade é um novo paradigma não é novidade. Que está a redefinir o próprio conceito de trabalho também não. O que importa, então, dizer? Alcatel-Lucent Enterprise, Decunify, Lenovo, Microsoft, MobileIron, Noesis e Targus dão as respostas

Contornos da mobilidade moderna

Para os protagonistas deste Fórum, a mobilidade tem de ser entendida como um tema que é tanto de tecnologia como de pessoas. E é difícil dizer quem influencia o quê. No entanto, é impossível falar hoje de mobilidade sem traçar um caminho que começou há dez anos, com o lançamento do primeiro iPhone – evento que acabaria por originar uma nova categoria de dispositivos móveis, os smartphones.Com eles chegariam novas arquiteturas de software, a popularização da palavra “app” e novas formas de comunicar, trabalhar e socializar.

Como recordou Daniel Madero, country manager da MobileIron para Portugal, Espanha e Itália, há uma década a mobilidade resumia-se ao e-mail e ao telemóvel corporativo. Hoje vivemos em plena “mobilidade moderna”. “Com a nova geração de smartphones, começámos a ter um dispositivo muito distinto”, sublinhou. Nascia no mundo do consumo, mas acabava por ter uma adoção “muito rápida” por parte das empresas.

 

Daniel Madero, country manager da MobileIron para Portugal, Espanha e Itália

A notável evolução das plataformas móveis acabou por mudar a forma como interagimos com os dispositivos: de preferência por toque, de forma intuitiva e rápida. “É fundamental entender que o smartphone é uma plataforma distinta do antigo PC, tem uma arquitetura de software muito diferente”. Toda esta mudança, que acabou por influenciar outros modelos, acabou por permitir “uma transformação do negócio”, segundo Daniel Madero, “que passou a aproveitar todas as potencialidades deste novo paradigma”. Como observou Rui Neves, country manager da Targus para o mercado português, “quase toda a informação de que hoje dispomos está dentro dum smartphone”.

 

José Manuel Oliveira, CEO da Decunify

 

José Manuel Oliveira, CEO da Decunify, traçou uma perspetiva para o mercado empresarial. “Nos últimos dois a três anos verificou-se um grande boom da adoção da mobilidade enquanto conceito de trabalho”. Porque a definição do que significa trabalhar também mudou. “A imagem de uma pessoa presente fisicamente num local de trabalho começa a não ser uma realidade”, defendeu, principalmente nas grandes organizações.

Luís João, modern workplace solution sales na Microsoft, reforçou que “trabalhar não significa estar sentado numa secretária”, mas “concluir as tarefas independentemente do local onde nos encontramos”. Adotar a mobilidade significa, também, “repensar todo o negócio”, observou Nelson Pereira, CTO da Noesis, que deu o exemplo de uma grande organização mundial verdadeiramente movida por este paradigma. “A Unilever, por exemplo, não tem escritórios, todos os colaboradores trabalham remotamente. Recorreu à mobilidade para melhorar a sua logística nos diversos países onde está presente e poupar recursos – dispensou, por exemplo, o POS e começou a utilizar somente smartphones e tablets”. A mobilidade, observou, é uma das componentes da transformação digital e também da Internet of Things. “Trata-se de repensar todo o negócio e de reduzir custos através da tecnologia”.

Em movimento ascendente

A Microsoft tem observado um crescimento “exponencial” da mobilidade em Portugal, ao qual não é indiferente a adoção de serviços cloud.

“A cloud permite que tenhamos o nosso escritório em qualquer lugar”, lembrou Luís João. “E não se trata apenas do e-mail, mas da possibilidade de recorrer a software para atender uma chamada no PC, por exemplo”.

Luís João, Modern Workplace Solution Sales da Microsoft

Também a Lenovo vê na mobilidade empresarial uma realidade incontornável. “Um estudo curioso da Salesforce diz que 38% dos colaboradores se sentem mais produtivos a trabalhar em casa. E 11% evitam ir ao escritório quando têm de realizar uma tarefa crítica, que lhes exija mais concentração”, adiantou Rui Gouveia, channel account manager, que partilhou uma previsão da IDC: 75% dos colaboradores serão móveis dentro de três anos. “A tecnologia tem permitido esta evolução do trabalho”, destacou. “O trabalho em casa duplicou desde 2005. No passado os portáteis eram utilizados quase em exclusivo por dois tipos de profissionais, diretores e vendedores”, lembrou. Se outrora as pessoas tinham acesso apenas a um dispositivo – fixo ou móvel –, é hoje comum terem três ou quatro dispositivos ligados em simultâneo. “Até mesmo os smartwatches, o que coloca uma enorme pressão sobre a rede”, observou o responsável de Canal.

Redes: wireless e seguras

Do ecossistema da mobilidade fazem parte dispositivos, aplicações e comunicações à altura das atuais exigências. Sem a evolução d a infraestrutura comunicacional, a mobilidade teria falhado. “A rede WiFi é, de facto, a principal rede de comunicações”, reconheceu José Manuel Oliveira, da Decunify. A este respeito, Henrique Amaro, technical sales and services da Alcatel-Lucent Enterprise, realçou que a aposta da empresa vai no sentido de que a própria rede funcione de forma seamless e segura, seja wired ou wireless.

“O objetivo é que o utilizador não sinta a diferença, o que é um desafio. Integrámos por isso nos nossos access points e nos switches a possibilidade de ter assinaturas para aplicações”, referiu.

Henrique Amaro, technical sales and services da Alcatel-Lucent Enterprise

“É importante dar resposta não apenas à qualidade do serviço dos novos tipos de aplicações mas também às necessidades do IT manager. Entendemos que, perante um ataque, tem de ser o próprio equipamento – switch ou access point – a ter a capacidade de cortar a comunicação machine to machine”.

E que caraterísticas deve ter uma infraestrutura de comunicação interna à prova do futuro? “Para manter-se atualizada durante um período de dois anos, tem de estar bem alicerçada na componente passiva”, aconselhou Henrique Amaro. “É também necessária uma tecnologia que, a três meses, possa funcionar a 2.5 gigabits, depois a 5 e depois a 10, sem ser preciso mudar. Mas tudo isto implica custos elevados”. Na componente passiva, importa apostar em equipamentos de última geração. “Quando estamos a falar de escritórios e de infraestruturas, é fundamental que se conheça a realidade do negócio e de quem trabalha. E é importante não tentarmos impor um produto que só servirá o seu propósito durante seis meses”.

José Manuel Oliveira realçou que a implementação de uma rede sem fios exige o recurso a ferramentas que permitam, mesmo sem uma deslocação ao local, desenhar e otimizar a estrutura. “Temos de estar fundamentalmente preocupados com o desenho da solução. Os fabricantes têm opções muito semelhantes, ao nível da conceção dos equipamentos. Mas depois há a parte aplicacional, que faz toda a diferença”. A mobilidade tem elevados requisitos, “nomeadamente ao nível da largura de banda”, frisou, e esta "deve ser uma preocupação para as empresas”.

Segurança é tema crítico

A segurança é hoje o tema central da mobilidade empresarial, tendo em conta os dois episódios que marcaram o ano até ao momento – o WannaCry e o Petya. “A segurança no contexto da mobilidade é e será um tema cada vez mais crítico”, afirmou Daniel Madero, da MobileIron. Se há uns anos as empresas se preocupavam sobretudo com os ataques externos, hoje percebem que o perigo também pode vir de dentro, “seja porque os utilizadores estão desprotegidos ou porque alguém de fora da empresa se liga à rede corporativa e a compromete”, sublinhou José Manuel Oliveira, sem que exista um sistema de bloqueio. “Esta é uma primeira parte, a da implementação de plataformas que limitem quem se coneta à infraestrutura e para a qual as empresas já estão sensibilizadas”. A segunda tem sido o aparecimento de soluções de proteção de endpoints que possibilitam o Bring Your Own Device (BYOD). “O BYOD é cada vez mais uma realidade, porque utilizamos os nossos dispositivos pessoais para fins profissionais e muitas empresas começam a adotar ferramentas que permitem criar nos dispositivos os dois ambientes, o pessoal e o profissional, mantendo a sua utilização em separado”, referiu o CEO da Decunify. Ao BYOD tem vindo a juntar-se uma outra realidade.

Rui Gouveia, da Lenovo, lembrou que começa a verificar- se o Bring Your Own Application (BYOA), fenómeno pelo qual o utilizador recorre a aplicações de uso pessoal, como a Dropbox, por exemplo, para armazenar informação corporativa.

Rui Gouveia, channel account manager da Lenovo

“É necessário criar políticas e dar formação aos utilizadores”, disse. No entanto, a tecnologia também tem uma palavra importante a dizer. “Se não forem implementados mecanismos que limitem essa possibilidade, as pessoas acabam por ser um risco, mesmo inconscientemente. Daí que as empresas de maior dimensão criem app stores próprias, para que os utilizadores utilizem apps empresariais”, observou José Manuel Oliveira.

Smartphones protegem-se de forma diferente

Os smartphones são um dos alvos preferenciais dos cibercriminosos e não é difícil perceber porquê, tendo em conta o manancial de informação que concentram, onde se incluem dados confidenciais de todo o género, desde passwords a credenciais bancárias. “Com o smartphone, o controlo foi cedido ao utilizador final, o que leva a que os modelos tradicionais de gestão do posto de trabalho não funcionem nestes dispositivos”, advertiu Daniel Madero. “A boa notícia é que as plataformas móveis, iOS e Android, são bastante seguras se forem bem geridas”, assegurou, deixando um conselho: “É preciso começar por proteger o acesso aos serviços da empresa, on-premises ou em cloud”. O country manager da MobileIron explicou ainda porque é que proteger a identidade não chega no contexto dos smartphones. “É um tema que se prende com a ligação do smartphone à cloud. A diferença, em relação a um browser, é o facto dos smartphones utilizarem por norma apps que sincronizam informação na cloud e a guardam no dispositivo, podendo compartilhá-la com outras apps que a podem partilhar com outras clouds, e assim sucessivamente. Nos smartphones, gerir a identidade do utilizador não é suficiente”. Portanto, alertou, importa que, nestas plataformas, se controle não apenas a identidade, mas os dispositivos e as aplicações que estão a ser utilizadas. “Estes três elementos têm de ser de confiança. É algo que se controla com uma boa solução de enterprise mobility management, em conjunto com extensões de controlo de federação de acesso à cloud”, disse.

Autenticação biométrica: o fim das passwords?

A cloud é um dos motivos pelos quais proteger o perímetro não chega, em contexto de mobilidade. Numa arquitetura desta natureza, lembrou Luís João, o utilizador pode aceder à informação corporativa dentro ou fora das “muralhas” que protegem as infraestruturas de rede das empresas. Para a Microsoft, a identidade é, compreensivelmente, o primeiro pilar da segurança, pela natureza do sistema operativo e da arquitetura do PC. Luís João referiu que 82% dos ataques são ataques à identidade. “As empresas podem ter o melhor sistema do mundo, mas se alguém sabe a palavra- -passe tem imediatamente acesso. Outra estatística diz que 73% das palavras passe são reutilizadas no local de trabalho”, alertou. A tecnológica tem, por isso, apostado na autenticação biométrica e em mais do que um fator de autenticação.

“É preciso ter a certeza de que a pessoa é quem diz que é”. As palavras-passe, no entanto, deverão ter os dias contados. “Dentro de poucos anos, uma das grandes revoluções que vamos observar é a inexistência de passwords”, anteviu o representante da Microsoft.

Daniel Madero realçou que se trata de uma tendência já em voga nos smartphones, dispositivos onde o recurso à impressão digital é cada vez maior. Luís João sublinhou, em relação à proteção dos dispositivos móveis e das aplicações, que se verifica uma tendência: a adoção de soluções de mobile device management (MDM) e também de mobile application management (MAM), uma subcategoria do enterprise mobility management, para garantir que a pessoa está a trabalhar de forma segura.

Não esquecer a privacidade

Outra forma de o assegurar passa pela salvaguarda da privacidade. “A mobilidade tem esse problema – muitas vezes esquecemo-nos que estamos expostos quando estamos a trabalhar num PC num local público, porque não sabemos quem está ao nosso lado. Podemos ter os melhores sistemas, mas se não protegermos a identidade a pessoa ao nosso lado pode ter acesso a informação de forma gratuita”, advertiu Rui Neves, da Targus.

Rui Neves, Country Manager Portugal, Itália e PALOP da Targus

Esta questão também se aplica em ambientes de open space. “Verifica-se que mais de 90% dos utilizadores preferem trabalhar com privacidade, o que aumenta a própria produtividade”, destacou.

Hardware ao serviço do trabalho colaborativo

O impacto que o smartphone teve sobre o PC é inegável. A portabilidade passou a ser caraterística-chave dos dispositivos de computação, como notou Rui Gouveia, da Lenovo, com os utilizadores a privilegiarem também a autonomia, o peso e a espessura dos portáteis. “Também temos assistido à adoção crescente dos novos modelos, como os tablets híbridos e os convertíveis”. Este último formato, em particular, tem tido bastante sucesso. “A flexibilidade do utilizador e a mobilidade trazem alguns desafios”, alertou, porque “a durabilidade e a resiliência também são importantes”.

Resistir a salpicos, choques, vibrações é fundamental, o que tem levado a Lenovo a apostar no cumprimento de standards de nível militar. Com os millennials a imporem-se no mercado de trabalho, realçou Rui Gouveia, e os espaços dos escritórios a diminuírem, “as ferramentas de colaboração são fundamentais”. Criar cenários de colaboração foi a aposta da Microsoft aquando do lançamento do Surface. “Observámos que existiam clientes com necessidades diferentes. Começámos a ver até em cenários mais tradicionais, como o da banca, que seria vantajoso um dispositivo mais versátil e ergonómico, touch, que permitisse a utilização da caneta para assinatura digital, por exemplo”, indicou Luís João.

Experiência de utilização é rainha

A mobilidade empresarial é também um tema de informação. “Importa considerar a questão dos documentos e, por isso mesmo, é cada vez mais importante falar em experiência”, lembrou Luís João. Ou seja, trata-se da possibilidade de, num momento, trabalhar num tablet e de seguida passar para o PC ou para o smartphone mantendo forma de utilização. “Existe uma diferença entre mobilidade do dispositivo e mobilidade do utilizador”, distinguiu.

Segundo Henrique Amaro, é na integração que os fabricantes estão a apostar, “em algo que possa funcionar em qualquer dispositivo e com o mesmo nível de acesso”. José Manuel Oliveira notou que as pessoas trabalham cada vez mais em tablets e que, por isso, os fabricantes de software “estão a adaptar as suas aplicações ao mobile”.

A chave para esta continuidade da experiência de utilização em qualquer dispositivo são as aplicações, que tiveram, também elas, de evoluir.

“Toda a nova panóplia de dispositivos, dos smartphones aos tablets, tem nos permitido desenvolver aplicações cada vez mais dinâmicas, conetadas e online”, realçou Nelson Pereira, CTO da Noesis. “Tudo é centralizado e acedido da mesma forma, sempre atualizado a qualquer hora”, frisou.

Nelson Pereira, CTO da Noesis

No desenvolvimento de software a experiência mobile é “inevitável”: “Nenhuma aplicação é hoje desenvolvida de forma fechada”, realçou.

Quando o tema é o desenvolvimento para ambientes mobile, há quase sempre uma questão que se impõe: web ou aplicação nativa? “Por web temos de ter ligação à internet. Nas apps nativas, conseguimos guardar e fazer cache, sincronizando novamente quando há ligação. Tudo isto a está a evoluir. As organizações estão a apostar na mobilidade para a sua transformação e a cloud fez maravilhas para empresas, como a Noesis, que desenvolvem software”.

A mudança imposta às aplicações depende muito da forma como as pessoas querem trabalhar. “Vivemos num mundo síncrono e assíncrono. O primeiro é o do tempo real, da comunicação por chat. O assíncrono é do e-mail e da troca de documentos. Estes dois mundos estão a juntar-se”, salientou Luís João. Nelson Pereira reforçou a mensagem de que “o sincronismo é precioso” no mundo de hoje e Daniel Madero lembrou que é importante que a infraestrutura de comunicações tenha a capacidade de manter as aplicações atualizadas, “de forma segura e escalável”.

Posto de trabalho do futuro

Com o posto de trabalho a ser cada vez menos um local, o que esperar daqui para a frente? “O posto de trabalho, quando existe, é ocupado pela primeira pessoa que chega”. Este conceito, apontado por José Manuel Oliveira, da Decunify, dá pelo nome de hot desking. Rui Neves, da Targus, chamou-lhe uma tendência ao nível do espaço de trabalho. “Com as hot desks, as secretárias partilhadas, as organizações conseguem reduzir custos e manter o mesmo espaço”, sublinhou, alertando para a necessidade de as empresas terem docking stations universais que permitam conetar um amplo conjunto de periféricos.

A tendência será, também, a criação de diversos ecossistemas dentro de um escritório, segundo o country manager da Targus. Daniel Madero, da MobileIron, sublinhou que, para a maioria dos trabalhadores, hoje em dia, parte do posto de trabalho "é algum tipo de dispositivo”. Os dispositivos, esses, “já não são diferentes arquiteturas, são diferentes form factors”. Mas quando o tema é trabalho, lembrou Henrique Amaro, da Alcatel-Lucent Enterprise, dois fatores são determinantes: produtividade e redução de custos. “Dentro de cada empresa, haverá departamentos onde continuará a fazer sentido que as pessoas ocupem um lugar fixo. O hardware terá de se adaptar a estas múltiplas realidades”, indicou.

Do ponto de vista humano, o trabalho remoto tem um revés: o isolamento. Rui Neves falou num “renascimento do escritório em si” e Nelson Pereira relembrou a importância da colaboração e da proximidade. “As metodologias de desenvolvimento de software, por exemplo, dizem que as equipas têm de trabalhar em conjunto, em nome de resultados superiores”, defendeu. A resposta poderá estar na realidade virtual (RV). “Os óculos de RV vão proporcionar o posto de trabalho do futuro. Permitirão reuniões virtuais, mas vão dar-nos a sensação de que estamos fisicamente próximos”, defendeu. “A realidade virtual vai avançar no sentido de nos aproximar digitalmente”. Sobre o posto de trabalho do futuro, foi perentório: “A colaboração será um fator essencial. Vão ser investidos muitos milhões em ferramentas de colaboração”.

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