Estudo revela que internautas não estão dispostos a abdicar da privacidade

A principal conclusão do Privacy Index, estudo realizado pela EMC junto de 15 mil internautas, em 15 países, revela que os utilizadores pretendem efectivamente ter acesso a todos os benefícios tecnológicos sem, no entanto, estarem dispostos a sacrificar a sua privacidade. Foi o que demonstrou a estatística no primeiro dos paradoxos encontrados, com 73% das pessoas a afirmarem não querer abdicar da sua privacidade em troca de mais conveniências na rede, apesar de valorizarem as vantagens proporcionadas pela tecnologia digital no que diz respeito a um maior acesso à informação e ao conhecimento. O Privacy Index revelou ainda uma segunda contradição: apesar das preocupações que demonstram para com a segurança, a maioria dos internautas (62%) não altera as suas passwords com frequência. Outra incoerência encontrada diz respeito à partilha nas redes sociais, com os utilizadores a não deixarem de partilhar grandes quantidades de dados pessoais, apesar de valorizarem a privacidade e de expressarem alguma falta de confiança nas instituições que protegem a informação.

Ao traçar um perfil do internauta actual, o Privacy Index dá aos fornecedores de tecnologias pistas importantes sobre a forma como podem ajudar as empresas a cumprir com o seu compromisso para com a protecção da privacidade, devendo para tal encontrar formas de melhorar a privacidade sem comprometer a experiência do utilizador, o desempenho ou capacidade.

“O potencial sem precedentes da Cloud e do Big Data para impulsionar o negócio e o progresso da sociedade baseia-se na confiança. As pessoas necessitam saber não só que os seus dados estão seguros, como também que a sua privacidade está protegida”, diz em comunicado Jeremy Burton, President, Products and Marketing, da EMC Information Infrastructure. “O estudo revela uma divergência de pontos de vista em todo o mundo sobre estes temas críticos, e uma chamada de atenção de que a responsabilidade da transparência, a equidade, o comportamento seguro na rede e o uso confiável dos dados pessoais deve ser uma tarefa partilhada por igual entre empresas, governos e indivíduos”, conclui.