2017-9-13

SEGURANÇA

União Europeia cria Agência de Cibersegurança

No seu discurso sobre o Estado da União Europeia, o Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Junker enumerou cinco prioridades para o próximo ano. Entre estas prioridades, encontra-se a criação da agência Europeia de Cibersegurança

União Europeia cria Agência de Cibersegurança

Jean-Claude Junker endereçando o seu discurso do Estado da União

No seu primeiro discurso do Estado da União após o “divórcio” com o Reino Unido, o Presidente da Comissão Jean-Claude Junker estabeleceu cinco prioridades da Europa para o ano de 2018, todas visando uma maior integração do projeto europeu em áreas onde Londres exercia maior resistência.

Uma das cinco prioridades é a proteção da Europa Digital, o que inclui a criação de uma Agência Europeia para a Cibersegurança.

O tratamento como uma prioridade política da Cibersegurança dentro da União Europeia é uma novidade. Neste momento, apenas existe ao nível da colaboração policial entre estados membros, o European Cybercrime Centre (EC3) criado em 2013 no âmbito da Europol.

Não é claro ainda o alcance desta nova agência a criar em 2018. O único possível equivalente civil em funcionamento no  ocidente é a National Cyber Security Division, que é parte da federal Homeland Security.

Este sinal de reconhecimento político ao mais alto nível de que a cibersegurança é hoje estrategicamente tão importante  como a tradicional defesa militar é também a constatação da vulnerabilidade do espaço europeu face a eventuais ameaças de outras potências externas, e não somente um problema de criminalidade no espaço cibernético:

“Temos de proteger melhor os europeus na era digital. Nos últimos três anos, conseguimos alguns progressos em manter os europeus seguros online. As novas regras, implementadas futuramente pela Comissão, irão proteger a nossa propriedade intelectual, diversidade cultural e os nossos dados pessoais. Entrámos numa guerra contra a propaganda terrorista e a radicalização online. Porém, a Europa ainda não está bem equipada no que diz respeito aos ataques cibernéticos.

Os ciberataques podem colocar mais em perigo a estabilidade das democracias e economia do que armas ou tanques de guerra. Só no ano passado, registaram-se mais de 4 mil ataques de ransomware por dia e 80% das empresas europeias experienciaram pelo menos um incidente de cibersegurança. Os ciberataques não têm fronteiras e ninguém está imune. É por isso que, hoje, a Comissão propõe novas ferramentas, incluindo uma Agência Europeia de Cibersegurança, para nos ajudar a defender contra tais ataques” , afirmou o Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Junker.

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