2016-10-24

SEGURANÇA

Ransomware já é uma das três ciberameaças mais comuns

O Índice de Ameaças da Check Point coloca, pela primeira vez, o ransomware entre as três ciberameaças mais comuns a nível mundial, sendo a quinta mais comum em Portugal

Ransomware já é uma das três ciberameaças mais comuns

Este relatório da Check Point revela que foi registado um significativo crescimento no número de ataques por ransomware durante o passado mês de setembro. A empresa dá, ainda, a conhecer as principais famílias de malware ativas que atacaram as redes empresariais durante este período.

O ransomware chega, assim, ao pódio do Índice de Ameaças da Check Point pela primeira vez desde a criação deste relatório e mostra um crescimento de 13%. A variante Locky, por exemplo, foi a responsável por 6% de todos os ataques identificados no mundo durante setembro. 

O número total de famílias ativas de malware continua a crescer, juntando-se agora ao Top 10 mundial o Chanitor (um programa que descarrega gateways de pagamento maliciosas), o exploit kit Blackhole e o Nivdort, um bot multiusos. Pelo sexto mês consecutivo, o HummingBad continua a ser a primeira opção dos hackers para atacar dispositivos móveis.

A nível global, o Conficker é o software malicioso mais utilizado para infetar redes empresariais e causou 14% de todos os ataques conhecidos. No seu conjunto, o Top 10 das variantes mais populares foi responsável por 50% de todas as ofensivas.

As cinco principais ameaças em Portugal

Conficker– Este Worm carateriza-se por permitir operações remotas, descargas de malware e roubo de credenciais. Este malware desativa os serviços de segurança do sistema do Microsoft Windows. As máquinas infetadas são controladas por uma botnet, que contacta o servidor de Comando e Controlo para receber instruções.

Zeus- Um Trojan para Windows amplamente distribuído, que é utilizado principalmente para roubar informações bancárias. Quando uma máquina é comprometida, o malware envia informações, como credenciais de conta, para os atacantes usando uma cadeia de servidores C&C. O Trojan também é usado para distribuir ransomware. Atualmente, muitos cibercriminosos usam variantes personalizadas do Zeus, tipicamente distribuídas através de phishing e drive-by downloads. 

Nivdort– Este Trojan ataca o Windows armazenando passwords, informação do sistema, a versão do Windows, o endereço IP, a configuração do software ou a localização aproximada do equipamento. Algumas versões deste malware detetam as teclas premidas no teclado e modificam as configurações DNS. 

Tinba- Um Trojan que ataca clientes de bancos europeus: rouba as credenciais da vítima quando esta as tenta introduzir no website de um dos bancos infetados, através de uma página falsa que pede ao utilizador a sua informação pessoal. Também é conhecido por Tiny Banker ou Zusy, já que quando foi descoberto em 2012 era o Trojan bancário mais pequeno do mundo.

Locky– Ransomware Trojan que ataca sobretudo a plataforma Windows. Este malware envia informação do sistema para um servidor remoto e recebe uma chave de encriptação para encriptar os ficheiros existentes no sistema infetado. O malware exige que o pagamento pela liberação desses ficheiros seja feito na forma de Bitcoins. Para se manter no sistema mesmo depois de um reboot, o malware adiciona uma chave de execução do registo do sistema. 

“O crescimento do ransomware é uma consequência direta do elevado número de empresas que pagam aos hackers para recuperar os seus ficheiros. O cibersequestro de dados tornou-se num método lucrativo e atrativo para os cibercriminosos. Para parar este fenómeno, as organizações precisam de aplicar medidas de prevenção de ameaças avançadas às suas redes, endpoints e dispositivos móveis”, comenta Nathan Shuchami, responsável de prevenção de ameaças da Check Point.

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