2017-11-16

NEGÓCIOS

Lenovo quer acelerar implementação de IA nas empresas

O Lenovo Data Center Group anunciou um conjunto de iniciativas que visam incentivar a adaptação da inteligência Artificial (IA) e torná-la numa realidade, no sentido de melhorar a produtividade e resultados transformadores desta

Lenovo quer acelerar implementação de IA nas empresas

A IA é uma tecnologia que está sob o olhar atento das empresas que se querem digitalizar, fazendo parte dos principais investimentos que as organizações têm preparados para o futuro próximo.

Num relatório denominado de “Amplifying human potencial towards purposeful artificial intelligence”, a Infosys revela que 76% dos seus inquiridos encaram a IA  como uma tecnologia fundamental para o crescimento a longo prazo da sua organização. Ao mesmo tempo, prevêem-se 44 mil milhões  de gigabytes de dados armazenados em 2020. Em conjunto, isto cria uma necessidade profunda de aprendizagem inferência, com base numa infraestrutura (HPC) que permite processar informação de alto rendimento, gerando nova informação, sustentando assim os principais avanços comerciais e científicos.
 
“A inteligência artificial já está a ter um impacto profundo nas estratégias comerciais tradicionais e na investigação científica e a maioria dos administradores de empresas assumem-na como uma prioridade para o futuro. Para realmente se tirar partido da grande quantidade de dados disponível no dia-a-dia, os nossos clientes devem adotar a IA como um veículo para atingir o sucesso dentro do mundo competitivo que predomina na atualidade”, afirma Kirk Skaugen, presidente do Data Center Group da Lenovo. “Com o nosso centro de inovação global de IA recém-inaugurado, proporcionaremos uma ampla gama de produtos e serviços com a qual ajudaremos a levar e a implementar os avanços da IA na vida real”.

Lenovo recorre à IA para otimizar negócio de clientes
 
A Lenovo está a associar-se a clientes enquanto estes exploram a capacidade da IA no sentido de permitir uma investigação verdadeiramente inovadora e avançar nos esforços humanitários realizados a nível global, tanto na identificação de curas para doenças, como na compreensão do verdadeiro impacto das alterações climáticas.
 
Na agricultura, por exemplo, 70% do total da água consumida em todo o mundo é água doce, e até 2050 espera-se que sejam necessários mais 10% dos recursos hídricos disponíveis para suportar o aumento no abastecimento de alimentos necessário para satisfazer o crescimento considerável esperado na população. Como a disponibilidade de água doce para a agricultura é cada vez mais escassa, torna-se fundamental identificar as áreas de escassez de alto risco antempadamente e administrar os recursos hídricos existentes para minimizar os efeitos negativos sobre a produção de alimentos, tanto em benefício da sociedade como para o trabalho dos agricultores locais no geral.
 
Os investigadores da Universidade do Estado da Carolina do Norte (NCSU), em colaboração com a Lenovo, estão implicados neste desafio global. Através de um processo de análise de imagens geoespaciais baseado na IA, a NCSU aplica algoritmos de aprendizagem profunda para reconhecer as terras agrícolas, identificar cultivos agrícolas, monitorizar as condições do solo e calcular a água necessária para a criação de mapas de determinação de zonas de seca. As mesmas técnicas de IA ajudam os agricultores locais e globais a examinar a saúde das suas culturas e solos para uma gestão eficiente dos recursos hídricos e energéticos durante a rega e melhorar desta forma a rentabilidade e conservação dos recursos naturais, que são, em muitas ocasiões, escassos.
 
Na University College London (UCL), os investigadores estão a reconstruir eventos de colisão de partículas de alta energia com a experiência ATLAS do Grande Colisor de Átomos (LHC) do CERN, o maior e mais potente acelerador de partículas do mundo. Este trabalho é fundamental para abordar algumas das questões mais fundamentais sobre a origem do universo.

No entanto, a crescente intensidade de colisões no LHC tem vindo a desafiar as técnicas de reconhecimento tradicional, que exigiam, ocasionalmente, quantidades fora do alcance dos recursos informáticos atuais. Através da colaboração com a Lenovo, os investigadores da UCL assumiram o objetivo de aplicar a IA para reconstruir as trajetórias das partículas, usando dados gráficos proporcionados pelo ATLAS, de forma muito mais eficiente que os métodos tradicionais. Este enfoque otimiza os recursos tecnológicos e também pode ajudar a UCL a avançar com a sua investigação na reconstrução de eventos muito mais complexos.

Através do aumento do investimento da Lenovo em novas iniciativas de pesquisa e desenvolvimento em IA em mil milhões de euros, o Lenovo Data Center Group está a gerir três novos centros de inovação em AI em Morrisville na Carolina do Norte, Estugarda na Alemanha e Pequim, na China. Todos estes centros foram concebidos para ajudar os seus clientes a descobrir a forma como a IA pode ajudar a gerir grandes negócios ou desafios humanitários.

Mais de 100 cientistas da Lenovo especializados em dados e desenvolvimento de IA, já estão a trabalhar para criar soluções habilitadas para esta tecnologia, como a função de poder analisar e detetar tumores através de imagens, ajudando os médicos a determinar o melhor tratamento. Os clientes da Lenovo podem aceder aos serviços oferecidos pelo centro de inovação de forma remota, além de terem a oportunidade de testar e aperfeiçoar aplicações e cargas de trabalho dentro de uma variedade de sistemas, otimizada para alto rendimento. Além disso, podem unir-se a uma comunidade repleta de parceiros especialistas e cientistas de dados, bem como outros clientes, para partilhar perspetivas e aprendizagens com o objetivo de ajudar a resolver alguns dos maiores desafios do mundo.

IA para melhorar experiência do cliente

Com uma parte significativa da adoção da IA a ser desenvolvida a partir da inteligência, a Lenovo tem experiência suficiente para tornar realidade os projetos de IA dos clientes. A Lenovo vê o percurso dos clientes para a inteligência artificial como um processo de três fases: ajudar a descobrir o potencial e os benefícios da IA para a aplicar num vasto conjunto de casos; proporcionar hardware otimizado com IA e a seleção de trabalhos de IA para levar a cabo o desenvolvimento destas aplicações; implementação  acelerada com soluções “end-to-end” simplificadas e um serviço profissional especializado.

“Acreditamos que as máquinas não substituirão os seres humanos e que permitirão aumentar e ajudar nas nossas ações em todos os aspetos da vida, uma visão a que chamamos de inteligência aumentada. Trabalhar com IA é uma tarefa complexa. Requer uma potência de processamento significativa e um nível de conhecimentos técnicos que não costuma estar disponível nos nossos clientes”, afirma Madhu Matta, Vice-Presidente e Diretor-Geral do departamento de IA e HPC da Lenovo DCG. “Criámos um ecossistema “end-to-end” que nos permite apoiar os nossos clientes em cada passo que dão, para explorar estratégias de IA e aplicar o poder da inteligência aumentada”.

Esta tecnologia está também a ser introduzida nos equipamentos do fabricante. Nesta linha tecnológica, a Lenovo conta com novos GPUs para ThinkSystem SD530,  incluindo assistência para os mais recentes aceleradores NVIDIA Volta Tesla V100 GPU e processadores Intel Xeon Scalable Systems Family. O ThinkSystem SD530 é adaptável para os clientes que procuram computação de alto rendimento ou definidos por software. Também o Lenovo Intelligent Computing Orchestrator (LiCO) vem demonstrar o poder da IA para os negócios, através de uma gestão com uma interface que ajuda a acelerar o desenvolvimento de aplicações de IA. A LiCO inclui os recursos mais conhecidos em código aberto de IA, supervisiona a formação de redes neuronais, horários de workload de IA em múltiplos entornos e é capaz de trabalhar através de provedores com soluções diferentes.

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