2017-7-19
Entre 2011 e 2016, o número de profissionais que trabalham no setor das TIC aumentou no nosso país, segundo os mais recentes dados do Eurostat. Maioria são homens, com elevados níveis de escolaridade
Segundo o Eurostat, instituto de estatística da União Europeia (UE), trabalham no setor das TIC 8.2 milhões de pessoas. Os dados são relativos a 2016 e comparados com dados de 2011. Segundo o organismo, estes profissionais representam 3.7% do total do mercado de trabalho da UE. Tanto o número de profissionais como a sua percentagem registaram um aumento contínuo nestes cinco anos, justificado pela crescente digitalização da sociedade. Este aumento foi mais acentuado num grupo de países onde se encontra Portugal e onde figuram também Estónia, França, Alemanha, Finlândia, Bulgária, Croácia e Hungria. Entre 2011 e 2016, na UE, o número de profissionais aumentou 1.8 milhões, representando agora 3.7% de todos os profissionais da região. Em Portugal, trabalham no setor das TIC perto de 109 mil pessoas, um aumento de 2.4% face a 2011. A esmagadora maioria dos profissionais são do género masculino (83.9%), um peso consideravelmente superior face ao que se regista no mercado de trabalho em geral, onde existe total paridade – os homens representam 50.6% de todos os trabalhadores portugueses. Os profissionais das TIC registam níveis de educação superiores aos da média do país – 51.2% têm habilitações literárias ao nível do ensino superior, valor que é apenas de 26.9% no mercado de trabalho. Ainda assim, no contexto europeu, Portugal é um dos países onde os níveis de escolaridade da classe são inferiores, juntamente com a Alemanha, a Croácia e a Itália. Esta é também uma classe profissional mais jovem, em comparação com os restantes trabalhadores – 37% têm menos de 35 anos vs 27% dos trabalhadores em geral . O Eurostat traça ainda o perfil dos profissionais das TIC, na Europa, que é em tudo igual ao do portugueses: mais de oito em dez são homens e mais de seis em dez têm habilitações ao nível do ensino superior. Em 2016, uma em cinco empresas da UE (20%) tinham nos seus quadros profissionais das TIC e uma em dez recrutaram ou tentaram recrutar estes profissionais. No entanto, 41% das empresas que o tentaram fazer tiveram dificuldades em preencher lugares vagos. Em Portugal, este valor é m: só 32% das empresas sentiram esta dificuldade.
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