2016-5-17
A Deloitte prevê que a realidade virtual atinja, pela primeira vez, a marca do milhar de milhões em 2016, que há potencial significativo nas tecnologias cognitivas e que os millennials não serão a geração pós-computador
A 15.ª edição do Technology, Media & Telecommunications (TMT) Predictions, um estudo da Deloitte, estima que cerca de 2,5 milhões de headsets de realidade virtual e 10 milhões de jogos serão vendidos este ano. O documento indica ainda que a maioria dos gastos com realidade virtual será feita por “core users” e não por jogadores casuais. Embora qualquer pessoa com um smartphone possa aceder a uma variante de realidade virtual, a maioria das receitas, em 2016, deverá ser garantida por dezenas de milhões e não por milhares de milhões de utilizadores.
“Espera-se que a realidade virtual atinja um marco histórico em 2016 - tornando-se num mercado de mil milhões de dólares – mas a longo prazo esta tecnologia irá enfrentar dificuldades para alcançar a escala ou a omnipresença do smartphone, do computador ou da televisão”, refere Miguel Eiras Antunes, partner de consultoria da Deloitte Portugal. “No entanto, à medida que a tecnologia necessária melhora e evolui, para tornar a experiência mais envolvente, poderá haver lugar a uma adoção generalizada.”
“Atualmente, verificamos um potencial significativo de crescimento nas tecnologias cognitivas, como a visão computacional, o processamento de linguagem natural e machine learning. Este ano, espera-se que 80 das 100 principais empresas de desenvolvimento de software recorram a tecnologias cognitivas, libertando o potencial da Internet das Coisas (IoT’s). O que pode transformar, a longo prazo, a computação como a conhecemos. Muito embora as tecnologias cognitivas não despertem tanta atenção dos consumidores como os headsets de realidade virtual, poderão revelar-se muito mais importantes, a longo prazo, tanto para as empresas como para os consumidores”.
Os millennials poderão não ser a geração pós-computador
Além das previsões sobre realidade virtual, o estudo revela que, muito embora os millennials sejam a geração do smartphone, os trailing millenials (com idades entre os 18 e os 24) poderão ser o grupo etário mais pró-computador, de todos os grupos etários em 2016. Uma média de mais de 85 por cento dos trailing Millennials, em 13 países desenvolvidos, tiveram acesso a um computador portátil em 2015. Além disso, esse acesso revelou ser o mais elevado ou o segundo mais elevado de todos os seis grupos etários no estudo, em todos os mercados, com duas exceções: Noruega e Finlândia. Estes dados sugerem que os jovens com estas idades olham para os smartphones e para os computadores como complementares, e não como equipamentos substitutos um do outro. Este facto pode justificar-se em parte pela redução no preço dos computadores portáteis.
Destacamos algumas das principais conclusões do estudo de TMT Predictions 2016 da Deloitte: