Apple lidera Top 100 dos principais vendors em IT de 2016 da Gartner

A Apple lidera o top 100, com uma receita superior a 218 mil milhões de dólares, quase mais 79 mil milhões do que a Samsung, que está no segundo lugar do top com receitas na ordem dos 139 mil milhões de dólares.

A Google completa o pódio, com receitas a registarem os 90 mil milhões de dólares, seguida pela Microsoft (85,7 mil milhões) e pela IBM (77,8  mil milhões).  

Esta é a primeira vez que a Gartner divulga as principais 100 tecnológicas com base na sua receita estimada relativa ao mercado de IT.

De acordo com a Gartner, o Nexus of Forces, conceito da própria consultora que descreve como a convergência e mútua consolidação dos social media, da mobilidade, do cloud computing e dos padrões de informação estão a criar novas oportunidades de negócio, é a principal fonte do sucesso dos três principais fabricantes (Apple, Samsung e Google). A Microsoft era já uma empresa de grande dimensão e influência quando o Nexus of Forces se iniciou, tendo conseguido crescer e liderar o mercado durante a fase da web e do e-business, mantendo-se relevante.

No caso da IBM, que ocupa o quinto lugar no top, a sua dimensão foi alcançada no início dos mercados de IT, quando os servidores, armazenamento e serviços de consultoria dominavam. A necessidade destes dispositivos e serviços, juntamente com os os telemóveis e PCs continuará presente - a cloud apoiará todas as iniciativas digitais empresariais- mas deixarão de ser os impulsionadores d novos projetos e de gastos.

No entanto, a Gartner alerta que está a ocorrer uma mudança para o negócio digital enquanto o principal impulsionador das compras de IT. "As necessidades dos compradores de IT estão a alterar-se. Os CEO estão focados no crescimento, bem como em lançar resultados comerciais relativos aos seus gastos com o IT”, revela John-David Lovelock, vice president and distinguished analyst, Gartner. "O Nexus of Forces tem sido o foco desde há muitos anos. No entanto, o impacto do negócio digital está a dar origem a novas categorias".

À medida que as organizações digitalizam crescentemente os seus produtos e serviços, os gigantes digitais como a Google, Apple, Facebook, Amazon, entre outros, podem envolver-se, ou mesmo tomar as rédeas da experiência digital. É nesse sentido que a analista prevê que em 2021 20% de todas as atividades de um indivíduo envolvam pelo menos um dos sete principais gigantes tecnológicos.

“Qualquer empresa que tencione criar engagement com os seus clientes, nos canais digitais ou através dos mesmos, terá de considerar fazê-lo com um ou mais destes gigantes digitais”, sublinha John-David Lovelock.

O foco nos gigantes digitais tem estado orientado maioritariamente a consumidores, cidadãos e colaboradores. Uma vez que estes gigantes não se voltaram ainda para o B2B, pode estar aqui uma janela de oportunidade para outras empresas sobressaírem.

“No mundo do B2B onde se vendem soluções tecnológicas a grandes empresas, alguns dos gigantes digitais têm já um impacto significativo”, refere ainda o analista. “Por exemplo, a cloud da Amazon Web Services está a ser disruptiva com os negócios de hardware e software das empresas. Os dispositivos da Apple dominam na mobilidade empresarial, assim como a presença da Google, que está também a alargar”.